O processo eleitoral de outubro deste ano promete uma disputa acirrada por cadeiras na Assembleia Legislativa em Rondonópolis, a cidade deve lançar pelo menos dez nomes para concorrer a uma das 24 cadeiras da AL.
Se por um lado, a disputa por uma vaga na AL promete ser grande no colégio eleitoral de Rondonópolis há na cidade um verdadeiro “boqueirão” de votos para o cargo de deputado federal, caso o quadro que está se desenhando se consolide.
O motivo é simples, pois três dos cinco candidatos mais votados nas últimas eleições no município, podem não disputar o cargo. Um exemplo é o deputado federal Adilton Sachetti (PRB), que está articulando uma candidatura ao senado. Caso Sachetti, realmente saia para a Câmara Alta, haverá pelo menos 47866 votos em aberto para deputado federal, pois essa foi a votação dele nas últimas eleições.
Outro nome com votação expressiva que não deve disputar as eleições deste ano é J.Barreto, que em 2014 obteve em 14.544 votos, sendo o segundo mais votado na cidade. O ex-vereador Dico, que foi o quarto mais votado em Rondonópolis, com 3054 votos também não deve concorrer nestas eleições. Levando em consideração esses três nomes são mais de 65 mil votos “soltos” na cidade.
Entre os cinco mais votados que vão à disputa estão Carlos Bezerra, o terceiro mais votado que teve 6541 votos e Victorio Galli, o quinto com mais votos com 2441.
Diante desse quadro alguns grupos já sentem a possibilidade de eleger federais a partir de Rondonópolis. O Solidariedade aposta, por exemplo, em Doutor Leonardo, para a disputa na cidade. O grupo do prefeito Zé Carlos do Pátio já projeta para o pré-candidato mais de 30 mil votos na cidade.
O PSDB local já deixou claro, não vai abrir mão de ter candidato a federal e para isso trabalha o nome do ex-prefeito e ex-governador Rogério Salles, os tucanos aposta no recall de votos de Salles na campanha de senado de 2014 quando teve na cidade 52887 para o cargo de Senador e também pelo fato do nome dele estar fresco em razão da disputa para prefeito nas eleições de 2016.
Na mesma linha segue o grupo do ex-prefeito Percival Muniz, que também deve lançar nome a federal. O grupo estuda entre Thiago Muniz e Fábio Cardozo, ambos vereadores do grupo e por esse ótica eles apostas em repetir o que fez o próprio Percival em 1986, quando saiu da Câmara de Vereadores de Rondonópolis direto para Brasília, quando foi eleito deputado federal.
Para tentar repetir esse feito, o grupo aposta no respaldo político do próprio Percival para um dos nomes escolhidos.
Com “boqueirão aberto”, grupos políticos buscam nomes para deputado federal
