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Rondonópolis
sexta-feira, novembro 22, 2024

Com assinatura de TAC lixão será desativado e catadores inseridos socialmente

Por meio da assinatura de um termo de cooperação e ajustamento de conduta entre o Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público do Estado, a empresa Seger e a Prefeitura Municipal, Rondonópolis dá um importante passo para promover a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis que atuavam no lixão e elaborar um projeto de gerenciamento dos resíduos sólidos na cidade.

A iniciativa pioneira em Mato Grosso em tratar da questão dos resíduos sólidos foi ressaltada pelo prefeito Zé Carlos do Pátio, cuja meta é chegar a 100% de esgoto e água tratada na cidade até 2020. Ele comemorou o fato de Rondonópolis ser o primeiro município de Mato Grosso a ter um aterro sanitário em funcionamento, a partir de setembro.

“Estou muito feliz hoje porque vamos concretizar o primeiro aterro neste Estado. Considero a assinatura um ato cívico, que vai fortalecer os trabalhadores com a organização da cooperativa de resíduos sólidos,” destacou o prefeito.

Um trabalho conjunto dos órgãos públicos e a empresa, cada um com suas atribuições e responsabilidades, possibilitou aos catadores a organização em cooperativa e um preparo para os desafios futuros.

Eles receberão capacitação para trabalhar em cooperativa e dois caminhões da prefeitura, que também vai pagar pelo lixo reciclável recolhido pelos catadores, auxiliando-os na geração de mais renda.

Segundo o secretário de Meio Ambiente do município, João Copetti, a cidade vive um ponto chave de transição no que diz respeito à destinação dos resíduos, uma total mudança de rota, que vai cessar o crescimento do passivo ambiental acumulado ao longo de décadas no lixão da Mata Grande.

“Com o aterro sanitário entraremos em uma nova era para o meio ambiente e para a educação ambiental. É um processo gradual, de conscientização coletiva da população em relação à separação e destinação adequada dos seus resíduos domésticos. E isso se estende também para as escalas comercial e industrial”, observou o secretário.

A Secretaria de Meio Ambiente está implantando um projeto piloto de coleta seletiva, que será estendido ao Paço Municipal, às demais secretarias, postos de saúde e escolas. A coleta seletiva será retomada em 33 bairros da cidade. A meta do projeto é que, até o final da gestão, a coleta seletiva esteja implantada em toda a cidade.

“Temos que dar o exemplo, fazer o dever de casa e mostrar à sociedade que isso é possível e benéfico, não apenas pela questão ambiental, mas social também”, avaliou Copetti.

O promotor Marcelo Vacchiano lembrou as conversas iniciais para a inserção dos catadores no processo da coleta seletiva e reciclagem, em março, todo o trabalho de sensibilização dos trabalhadores e informou que está sendo criada uma unidade de tratamento de resíduos provisória para atendê-los.

“Tudo está formalizado. Eles terão, por um ano, um auxílio financeiro do Poder Público e da empresa Seger nesse processo de transição. Receberão uniformes, equipamentos de proteção individual (EPIs), bolsa no valor de R$ 450,00 e uma cesta básica até que consigam caminhar sozinhos”, assegurou Vacchiano.

A solenidade de assinatura, no auditório do Paço Municipal, foi nesta quinta-feira (17), e contou com a presença de secretários e técnicos das secretarias de Educação, Habitação, Meio Ambiente, Promoção e Assistência Social, Administração e Saúde, trabalhadores do lixo, vereadores, além de membros do Poder Judiciário e representantes de organizações e clubes de serviço.

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