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sexta-feira, novembro 22, 2024

Com apoio de empresários e voluntários, Rondonópolis envia seis ônibus para protesto em Brasília

Devem chegar hoje (13) à Brasília os primeiros manifestantes de Rondonópolis e municípios vizinhos que vão participar do protesto agendado por organizações de extrema-direita contra o resultado da eleição presidencial. O ato está marcado para terça-feira (15) e a região deve enviar pelo menos seis ônibus.

A primeira caravana partiu ontem à tarde de Rondonópolis com quatro ônibus e previsão de chegada em Brasília por volta do meio dia deste domingo. Os outros dois ônibus seguem hoje levando também moradores de Primavera do Leste. Todos devem voltar na noite da próxima terça-feira, após o encerramento do manifesto.

Conforme Vinicius Santana, um dos integrantes da caravana, o transporte, a estadia e a alimentação do grupo serão bancados por donativos de empresas e pessoas físicas. Ele não especificou quais foram os maiores doadores

“Vamos ficar na concentração localizada próximo a um quartel. Lá já tem uma estrutura de suporte, com uma cozinha comunitária que está fazendo refeições diariamente com alimentos que também foram doados”, disse Vinicius.

O grupo tem evitado associar o movimento diretamente ao presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que trata-se de uma iniciativa da ‘direita’. No entanto, a principal reivindicação é a anulação do resultado da eleição, que terminou com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O Exército e o Ministério da Defesa mostraram que pode ter havido irregularidades, que o sistema é frágil. A questão processual vai ver qual a medida a ser tomada. Mas, em regra, seria anulada a eleição ou a chapa do PT seria cassada se confirmar a fraude”, defende.

Vinicius disse que os integrantes do movimento acreditam que Lula não poderia ter concorrido por causa dos processos que foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Porémele admite que essa contestação deveria ter sido feita antes da eleição. “Teria de ter feito antes, mas se não tivemos atitude lá atrás vamos ter agora”.

“Já nos sentimos vitoriosos. Se não conseguir (anular a eleição), seguiremos lutando contra o sistema do PT. A ideia é essa, a gente vai permanecer como oposição ferrenha ao governo que está, no nosso ponto de vista de forma ilegal”, completou.

RESULTADO RECONHECIDO
Luiz Inácio Lula da Silva foi o mais votado no segundo turno da eleição, com 60.345.999 – 2,1 milhões de votos a mais que Jair Bolsonaro. A vitória já foi reconhecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também por chefes de estado de mais de 100 países, incluindo os EUA, a China, a Rússia e todas as nações europeias.

A segurança das urnas e a lisura do sistema eletrônico de votação e apuração dos votos também foi aprovada por autoridades nacionais e internacionais. Instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiram relatórios em que elogiaram “o alto nível de profissionalismo e solidez da Corte Eleitoral para a realização das Eleições 2022”.

O relatório do Ministério da Defesa, citado pelos manifestantes, também admite que não foram encontrados indícios de irregularidades no processo eleitoral. No entanto, o Ministério não descartou a possibilidade de falhas e, como as demais instituições, apresentou algumas sugestões visando fortalecer e aprimorar o processo eleitoral.

Até o momento o presidente Jair Bolsonaro não fez um pronunciamento reconhecendo categoricamente a vitória de Lula. Mas ele nomeou um ministro para representa-lo no processo de transição, admitindo formalmente a legitimidade do resultado.

A comissão de transição é chefiada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. A comissão já está atuando oficialmente levantando dados sobre a situação do Governo Federal preparando a posse do novo presidente, que  ocorrerá em 1º de janeiro de 2023.

 

Eduardo Ramos – Da Redação

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