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quinta-feira, novembro 28, 2024

Cmei Celina Fialho aproveita situações do cotidiano para promover a autoconfiança na criança

O brincar na primeira infância, que vai dos seis meses a cinco anos e 11 meses, é tarefa que o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Celina Fialho, da Secretaria Municipal de Educação (Semed), leva a sério. Por meio da ludicidade, a unidade incentiva a autonomia e a conscientização da criança sobre si mesma, os outros e o mundo que a cerca, levando-a a um processo de crescimento integral.

Percebendo que a criança adora cantar, a Cmei Celina Fialho criou o projeto de musicalidade “Canta, canta, minha gente”, vencedor do prêmio práticas exitosas na educação infantil categoria Cmei, entregue na abertura da Semana da Educação Infantil, nesta terça-feira (20). Assim, os 270 alunos da escola conhecem diferentes gêneros musicais e instrumentos, em atividades que aliam música e canto com outras expressões artísticas, como teatro e dança.

“Nós articulamos música com as demais linguagens. Então, para trabalhar as linguagens oral e escrita, criamos com as crianças cartazes que levam suas canções preferidas e ainda montamos paródias com ideias sugeridas por elas. Também utilizamos músicas que trazem números e contagem e podemos, assim, estimular o raciocínio matemático dos pequenos”, narra a coordenadora da Celina Fialho, Michele Cristina Ferreira.

Ela conta que materiais como panelas, latas de mucilon e de tinta, tampinhas de metal e de plástico, caixas de leite e garrafas pets, entre outros, transformam-se em violas, chocalhos, tambores e caixas musicais. “A coordenação desenvolve uma formação específica com estagiários e aproveitamos para confeccionar esses instrumentos. As turmas que têm os alunos maiores também os produzem em atividades lúdicas”, destaca a coordenadora sobre as práticas que levam a criança a perceber sua capacidade de criação e realização.

Esse investimento na brincadeira como mecanismo dinamizador das habilidades que cada aluno traz e que precisam apenas do estímulo correto para desabrochar pode ser percebido não apenas nas atividades propostas, mas em todos os ambientes da escola. “Aproveitamos todos os espaços com motivações que despertem as capacidades dos pequenos. Por isso, na entrada temos o caracol e no chão do corredor eles veem a amarelinha e, ainda, podem se divertir na brinquedoteca, por exemplo. A ludicidade na nossa escola está dentro e fora da sala de aula”, observa Michele.

Até mesmo as refeições são aproveitadas como ocasião de ensino aos alunos, em que, de maneira descontraída, eles são levados a fortalecer sua autoconfiança por meio da escolha consciente dos alimentos, como descreve a coordenadora: “Esse é um projeto específico para crianças de quatro e cinco anos que iniciamos com o objetivo de incentivar a autonomia delas. Então, adquirimos um buffet em que elas podem se servir e, com isso, aprendem a se ouvir e escolher”.

Conforme assinala Michele, o cardápio é bem variado e elaborado por uma nutricionista. “Estamos trabalhando com os professores da unidade a questão de que a forma de se servir é cultural. E eles explicam para as crianças sobre a importância de se alimentarem de tudo, mas que não precisam colocar tudo de uma vez só no prato, já que, se quiserem, podem repetir. Assim elas aprendem a se conhecer, a avaliar o que conseguem comer, a equilibrar os alimentos e também quais as suas preferências”, comenta ela, sublinhando que o desperdício é outro conceito abordado na hora da comida.

Todos os profissionais da escola envolvidos na alimentação participam deste momento. “A cozinheira conversa com eles sobre o valor de cada item para sua saúde e diz que determinado alimento é bom para os dentes ou os cabelos… ou ajuda a ter mais ânimo e ficar mais forte. E também ressalta que fez a comida com muito carinho especialmente para eles”, conta Michele.

Leitura e literatura também são trabalhadas na unidade em que, por meio do projeto Sacola Viajante, o aluno pode levar para casa uma sacola ornamentada contendo livros e brinquedos para interagir como os membros da família e ler as histórias com eles. “A intenção é oportunizar um momento de convivência familiar proporcionando uma situação em que os pais participam da educação dos filhos”, salienta a coordenadora.

Ver os pequenos alcançando progressos é motivo de grande alegria para Adegildo Cardoso Mendes, pai de Emanuel Cardoso da Silva Mendes, 3 anos, que estuda na Celina Fialho, e de Maria Luiza da Silva Mendes, 7 anos, que já foi aluna na unidade.

“O estímulo, a acolhida, a responsabilidade estão presentes em todos os ambientes da escola. Eu via como a Maria Luiza chegava em casa e vejo como o Emanuel chega, os dois sempre cheios de respostas a partir do que aprenderam na Cmei. A Maria Luiza agora está em outra fase de estudos, mas, quando vai buscar o irmão, sempre diz que sente saudades. E, percebo que hoje, ela lê e escreve muito bem devido aos estímulos lúdicos que ela vivenciou na Celina Fialho e que a prepararam para o que viria depois”, atribui Adegildo.

O pai de Emanuel e Maria Luiza também fala da satisfação em contribuir com o processo educacional dos filhos: “A Celina Fialho inclui a família e a oportunidade de nos sentirmos parte do processo de formação deles e conhecermos o que ocorre na escola, principalmente nas reuniões em que são apresentadas as atividades e projetos desenvolvidos, nos dá muita segurança como pais”.

Paulo Roberto de Oliveira, diretor da Cmei Celina Filaho, sabe da responsabilidade de educar e reflete: “Ninguém nasce ruim ou com caminhos tortuosos. É preciso ter a oportunidade de uma boa família, um bom professor, uma boa administração e um bom gestor que permitam que a criança se desenvolva e tenha uma infância bem vivida, pois se tivermos crianças bem orientadas teremos bons cidadãos”.

Nesse sentido, Paulo revela-se grato e diz sentir-se apoiado para oferecer uma educação de qualidade aos alunos da Celina Fialho: “É possível fazer a diferença na vida dos pequeninos, basta querer. Nossa secretária Carmem Garcia Monteiro, e o prefeito Zé Carlos do Pátio têm esse comprometimento. Eles são professores e, assim, entendem a nossa linguagem, sabem da importância da valorização dos professores e de todos os funcionário da educação. Com eles temos recebido suporte e recursos para ofertar o melhor a nossas crianças, como uma alimentação saudável e variada, diversidade de brinquedos e ambientes. Tudo isso fortalece nosso trabalho e se reflete nas crianças que estamos formando”.

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