Na sexta-feira, em mais um boletim de acompanhamento no campo, divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os números revelam que o atraso em relação ao ritmo aplicado há um ano é de 23,7 pontos percentuais (p.p.). Até a última quinta-feira, a cobertura com o grão atingiu 72,5% de uma área projetada em 1,81 milhão de hectares (ha) para esta temporada.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Glauber Silveira, a maior preocupação neste momento é com a soja retida no campo, por falta de condições climáticas para colheita e com a consequente freada no plantio do milho – o grão ocupa a área que vai sendo deixada pela soja – porque com um cenário assim, aumenta a probabilidade de perdas com o passar dos dias.
“A grande preocupação em relação ao plantio de milho é que se for muito tardio vai encontrar a seca no momento do seu desenvolvimento – no preenchimento dos grãos”, adverte. A maioria dos produtores, completa Silveira, não conseguiu semear o grão dentro do período que garante o melhor desenvolvimento, que era até o final de fevereiro. Esse período é chamado de “janela de plantio”.
Conforme o Imea, a região médio norte se destacou nesta semana ao avançar 33,5 p.p. e atingir nível de cobertura de 81%. A região é a maior produtora de milho safrinha do Estado, com quase 900 mil ha reservados ao grão, ou cerca de 50% de toda área cultivada. O oeste mato-grossense avançou apenas 17,7 p.p, somando um total de 51% da área total. “Com este ritmo imposto pelas chuvas, estimamos uma redução na área com milho safrinha, já que após a “janela” a lavoura pode ser prejudicada pelo começo da seca”, frisa.
Fonte:Portal do agronegocio