Chuva reduz risco de queimadas, mas Bombeiros pedem que população mantenha cuidados

A chuva que voltou a cair em Rondonópolis nesta semana trouxe alívio na temperatura e deve ajudar a reduzir o risco de queimadas nesta época do ano. Mas o Corpo de Bombeiros se mantém em alerta e pede que a população colabore para manter os índices baixos registrados neste ano.
Conforme o tenente Roberto Coelho de Lima, do Corpo de Bombeiros, o período mais crítico vai de julho até setembro. Neste ano já tivemos registro de algumas queimadas de grande porte na zona urbana, mas os números estão dentro do padrão normal.
“O ano fora da curva foi 2020, quando tivemos uma estiagem mais longa e as queimadas foram muito maiores, inclusive na zona rural. Em 2022 tivemos em julho menos focos que no ano anterior. Tivemos também alguns dias de frio e até chuva no começo de julho e, a princípio, a expectativa é que seja mantido o padrão natural, com um pouquinho de redução”, disse ele.
O tenente explica que as queimadas urbanas têm duas características básicas. As menores ocorrem em lotes onde o proprietário recorre ao fogo para fazer a limpeza, gerando risco para as próprias residências e a vizinhança.
Há também incêndios maiores às margens de rodovias, nos loteamentos ainda vazios e bairros menos habitados, em que o fogo se alastra e costuma ser de difícil controle.
“Nos dois casos temos transtornos para a vizinhança, riscos aos animais e até para a rede de iluminação pública – quando postes e fios são alcançados pelo fogo. Mas, os estragos e a dificuldade no combate são maiores na segunda situação. Muitas vezes precisamos até pedir o reforço de caminhões-pipa da Prefeitura para fazer o controle”, diz ele.
Além de prejudicar a saúde pública e o meio ambiente, quem provoca queimadas e também os donos dos terrenos onde elas ocorrem estão sujeitos à multas e até a processos por crime ambiental. A fiscalização é feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e pelo Juizado Volante Ambiental (Juvam).
No caso de queimadas rurais em áreas agrícolas a fiscalização é feita pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) e, em áreas de parques nacionais e reservas indígenas, também pelo Ibama.
“Fogo em vegetação é crime ambiental previsto em lei. Aquele que tem o seu lote sujo está infringindo o código de postura do município e, caso seja autuado, terá de responder e pode ser obrigado a pagar multa altíssima por manter vegetação fora do padrão”.
“A melhor forma de evitar isso é manter os terrenos limpos e, em caso de fogo, acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros”, ensina o tenente Roberto.
As ligações para o Corpo de Bombeiros podem ser feitas através do número 193 e são gratuitas. Já a Sema e o Juvam podem ser acionados, respectivamente pelos telefones 99234-4005 e 3410-6100.
Eduardo Ramos – Da Redação