POLÍTICA

PT estuda punir petistas que apoiaram mínimo de R$ 560

Os dois deputados do PT que votaram a favor do salário mínimo de R$ 560, contra a orientação do governo e do partido, devem sofrer punições dentro da bancada. De acordo com o líder petista na Câmara, Paulo Teixeira (SP), haverá "repercussões" contra Eudes Xavier (PT-CE) e Francisco Praciano (PT-AM). "A situação dos deputados terá repercussão. A bancada vai discutir qual mecanismo será adotado", disse Teixeira.

Ontem (16), os deputados votaram primeiro no projeto de lei com o reajuste de R$ 545 proposto pelo governo. Em votação simbólica, a matéria foi aprovada. Depois, foram analisadas as emendas destacadas pelos partidos de oposição. Na segunda, que aumentava o piso para R$ 560, apresentada pelo DEM, os dois petistas votaram a favor. "A bancada foi numa direção e eles em outra", afirmou o líder, que não quis dizer que tipo de punições eles podem sofrer.

Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), os dois cometeram um "equívoco grave". "Eles já devem estar com um problema de consciência por terem votado desse jeito", disse. Apesar de criticar a postura dos petistas, Vaccarezza defendeu que qualquer tipo de punição deverá partir do partido, não do governo. "Essa é uma discussão que o partido deve fazer, não o governo", comentou.

Segundo Vaccarezza, as dissências entre governistas foram vistas como "residuais". No entendimento dele, não houve uma articulação dentro da base aliada para derrubar o valor do salário mínimo proposto pelo Executivo. "Não vamos tratar dissidência residual como se houvesse articulação. O governo não precisa se preocupar com traição", afirmou, ressaltando a postura de partidos da base como PMDB, PSB, PCdoB e PMN, que votaram em peso nos R$ 545.

Fonte:Congresso em foco

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