Camaradas de toda Rondonópolis, estava receoso em escrever o que penso desse momento, com medo de ser mal interpretado como da última vez. Mas acho que não consigo ficar no silêncio…
Quero, abrir meu coração com vocês sobre quem foi para mim essas figuras monumentais que faleceram nas últimas semanas. Mas antes de falar sobre isso, gostaria de colocar uma pergunta no ar.
QUANDO QUE UMA PESSOA MORRE?
Quando ela é envenenada?
Não.
Quando ela é acometida por uma doença incurável?
Não.
Quando ela é atingida por um tiro?
Não.
Ela morre quando ela é esquecida!
Por isso, quero conclamar a todos, chorem o que tiver que chorar, porém não abaixem suas cabeças. Lembremos sempre da história e da luta de nossos camaradas que tombaram.
A Terezinha era uma companheira única, com dotes e força descomunal, fruto de uma determinação implacável.
Não tinha tempo para ter medo, muito menos papas na língua. Terezinha foi e é uma mulher a se espelhar. Para os mais próximos, tinha um carinho peculiar.
Foi assim que aprendi a respeitar a sua postura (Que para outros poderia soar como rude). Choro as vezes lembrando dos cafés da madrugada e das nossas conversas até o amanhecer, irei sentir a sua falta.
Ao lembrar dela, lembremos com carinho de tudo o que ela fez pelo próximo e empunhem as armas da sua luta.
O Celson, um guerreiro para todas horas e todas situações. Nunca tinha um dia ruim, com a força de um elefante, ele fazia milagres e resolvia todos os problemas que encontrava pela frente. Nunca abandonou o posto e mesmo aqueles que tentaram compra-lo, no seu momento mais frágil, falharam miseravelmente, pois KAMIKAZES NÃO SE VENDEM.
As vezes me pego lembrando das nossas cervejas, Vovozão. Quando eu falava dos meus sonhos, você ria, se divertia, mas depois me dava conselhos e força para continuar a minha jornada.
Ao lembrar dele, lembremos da força de vontade, da sua capacidade de se adaptar a situações e que ele nunca, mas nunca, abaixou a cabeça.
Aprendamos com as histórias desses camaradas. Mais que necessários, Imprescindíveis. Lutaram todos os dias das suas vidas.
Mas pelo o que eles lutavam?
A luta pelos menos favorecidos, a luta por um mundo mais justo e igual.
O Sanear, foi comandado por 8 anos por ela e nesses 8 anos, ela transformou um lugar sucateado em um canteiro de obras. Uma empresa preste a falência (como muitos diziam “Dava prejuízo”) na empresa de águas mais bem sucedida da História do Centro-Oeste.
Obviamente PÚBLICA.
Quando matam uma Terezinha, mostra mais uma vez do que eles têm medo. Eles têm medo do que uma mulher guerreira é capaz de fazer.
Estejamos com o coração limpo e a certeza, de que os poderosos podem tentar matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera.
Lutar incessantemente contra a privatização do Sanear! A ÁGUA É NOSSA! É a luta que cada militante deve guardar em seu peito nesse momento!
Quando um Celson morre, lembremos sempre. Sejamos a resistência e a força de vontade que tanto precisamos para avançar.
Nos 6 anos que o Celson construiu o Solidariedade, construiu uma sigla desconhecida em uma força pujante em todo o Estado! Saindo de 0 a incríveis 12 mil filiados em todo o Estado.
Hoje é momento de chorar, mas também de reflexão. SIM! Nossos camaradas morreram no mundo Carnal, entretanto carregamos um pouquinho dos seus ideais em nossos corações!
Sejamos responsáveis por permanecer a memória e a luta deles viva!
Ao lembrarmos deles. Sejamos FORTES, CORAJOSOS e DETERMINADOS.
NÃO DEVEMOS RECUAR, UM PASSO SE QUER!
Que o nosso LUTO seja verbo.
Celson, tomarei uma cerveja quando aquilo que eu combinei com você virar realidade.
Eu te amo Terezinha, choro hoje, mas com a certeza que seguirei a sua luta. Obrigado por tudo!
Vida Longa a Terezinha!
Vida Longa ao Celson!
VIDA LONGA AO SOCIALISMO!
Ps.: Não estou mais no Solidariedade, porém, não cuspo no prato de comi. Muita coisa que construo hoje é porque estive no ombro de gigantes, como eles, que me ensinaram muita coisa.
Ps2.:Para algum Bolsominion desavisado. Isso é a minha Opnião, não confundir com opnião do meu Pai, da minha mãe ou dos meus Irmãos. Grato!
