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sábado, novembro 23, 2024

Carnaval e o Poder Público

O período de carnaval, a maior festa popular do Brasil, é um momento de reflexão sobre o papel e a relação do Poder Público com a festa e se o cidadão realmente entende a necessidade do governo em apoiar este tipo de evento.
Na realidade durante décadas o Poder Público em todas as esferas bancou o carnaval, era muito comum Prefeituras separar uma parcela do orçamento para a realização da festa popular, o dinheiro era usado nas cidades para estrutura de palcos e para a realização de shows.
Em outros casos, o recurso do Carnaval ia para bancar luxuosos desfiles de escolas de samba, algo que ocorre até os dias de hoje nos grandes centros do país. Antes de avançarmos no assunto, deixemos claro que não somos contra a festa em hipótese alguma, o que estamos comentando é até onde deve ir a participação do Poder Público na festa.
Em alguns casos é valida sim; principalmente quando a festa se mistura com a cultura popular como é o caso do carnaval de Guiratinga, para citar um exemplo. O problema é que existem prioridades antes da festa, uma delas é a saúde, outra é a educação e ainda o pagamento de salários e fornecedores.
Caso tudo isso esteja dentro da ordem, até que é possível entender um investimento no Carnaval, por outro lado, dentro dos limites, pois gasto excessivo com esse tipo de festa, não se pode aceitar.
Porém, onde há muitos problemas para resolver o Carnaval não pode e nem deve ser visto como prioridade de gastos públicos.
No entanto, para que as festas não sumam das cidades existem saídas e a principal delas é fomentar para que a iniciativa privada trabalhe em parceria com os municípios que podem oferecer o básico como local para festa e por outro lado, os gastos com bandas, palcos e outros detalhes fiquem a cargo da iniciativa privada.
As empresas, em troca, de bancar o custo do carnaval ganharia o espaço para valorizar a sua marca e de parceiros. Sendo assim, o município estaria livre para garantir investimentos em saúde, educação e infraestrutura e de quebra, atendendo a demanda da população e sem deixar a população perder a festa de carnaval.
Vale destacar ainda que, por outro lado, os municípios que não realizam carnaval, acabam economizando em saúde, pois em dias de carnaval, sem grandes eventos, os movimentos em postos e nos sistemas de Pronto Atendimento diminuem consideravelmente. Portanto é algo para se pensar.

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