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Rondonópolis
domingo, novembro 24, 2024

Carlos Francisco Paniago – De pioneiro do rádio rondonopolitano a colaborador voluntário no desenvolvimento social da cidade.

Paniago é uma personalidade tradicional da cidade, que está sempre rodeado de amigos que vão em busca de alguém que lhes dê uma atenção maior. Quem o vê dificilmente acertará a sua idade, estamos diante do senhor que na sua trajetória de vida continua encantando a todos com a sua simpatia.
Jornal Folha Regional: Você é natural de que estado?
Paniago: Eu sou natural da cidade de Campo Grande, hoje Mato Grosso do Sul embora meus pais Militão Martins Paniago e Ana Francisco Paniago tenham me registrado na cidade de Jaraguari. Nós somos em 5 irmãos: Matilde, Carlos, Aparecida, Dalila, Zilda e Alcindo. Passamos uma infância alegre e sempre estivemos conscientes dos verdadeiros valores que a vida oferece ao ser humano.
JFR: Qual foi a influência do seu pai durante a infância, e o que ele deixou de mais importante para você e seus irmãos?
Paniago: Meu pai nos apresentou durante a infância os estudos e o trabalho, sem essas grandiosidades dificilmente um ser humano viveria bem. Ele prestava assistência ao colégio dos padres, e se ajudava também na profissão de barbeiro no Colégio Dom Bosco em Campo Grande. Ele nos deixou o seu exemplo de vida, era uma pessoa extraordinária, um pai exemplar que sempre nos aconselhava.
JFR: Como se deu a sua entrada no setor radiofônico?
Paniago: Aos 16 anos eu comecei a trabalhar na Rádio Difusora de Campo Grande, comecei na função de sonoplasta, depois passei para o departamento de vendas. Posteriormente trabalhei também na Rádio Cultura de Campo Grande.
JFR: Você tinha vontade de sair de Campo Grande e ir para um centro maior a fim de aumentar os seus conhecimentos no setor?
Paniago: Eu sonhava com as grandes emissoras a nivel de Brasil, até que um dia eu resolvi sair de Campo Grande para São Paulo, foi um momento tenso na minha vida mas também foi um dos mais importantes.
JFR: O que estava “reservado” pra você na capital paulista?
Paniago: Eu gostei muito de São Paulo, e logo comecei a visitar as principais emissoras de rádio, foi então que ao chegar na Rádio Bandeirantes fiz um teste, passei e me apresentaram um dos maiores ícones do rádio brasileiro Enzo de Almeida Passos com quem tive a honra de trabalhar durante alguns anos. Ele apresentava e produzia um programa líder de audiência em São Paulo o “Telefone pedindo bis” no horário das 14hs as 16hs, e após o programa ”Conversa com os Ouvintes” que ia até as 17hs.
JFR: Quais os motivos do seu retorno a Campo Grande?
Paniago: Eu sentia muita saudade de minha mãe, por isso retornei para Campo Grande e não voltei mais a São Paulo. Nesse meu retorno passei a trabalhar na minha antiga emissora Rádio Cultura de Campo Grande.
JFR: Naquele tempo o Estado de Mato Gross ainda não havia sido dividido, como surgiu o convite para trabalhar no setor radiofônico em Rondonópolis?
Paniago: Eu cheguei em Rondonópolis no ano de 1966, eu tinha um amigo que já morava aqui o professor Epaminondas Lins, quem me indicou para trabalhar no rádio aqui foi o Antônio Rosa que era o diretor da Braniff junto com o Omindo Pires de Amorin. Antônio Rosa me convidou para ser o gerente da emissora, cargo que eu assumi e logo de imediato comecei a fazer algumas renovações contratuais. Trabalhou conosco também o ilustre jornalista Samuel Logrado, B. Cunha, naquela ocasião chegou em Rondonópolis Aroldo Marmo de Souza, um excelente jornalista e comunicador, que infelizmente logo nos deixou.
JFR: Quem foram os seus primeiros contratados na Rádio Baniff?
Paniago: Para a Rádio Brannif vieram primeiramente Clóvis Roberto, Barreto, Noel Paulino, Antônio Ribeiro Torres que tinha um serviço de alto falante na cidade, Manoel Novaes e Gracias Neto, e o então jovem Orestes Miráglia. Começava o período de ouro no rádiofonia da cidade, ficamos um bom tempo com uma boa equipe. Mas a situação daquele momento nos chamou para a nova emissora que estava surgindo, em Ribeiro Torres, eu, Clóvis Roberto éramos os diretores. Assim que a Clube inaugurou fomos todos trabalhar naquela emissora. Posteriormente ouve algumas mudanças na direção em que o Dr. Welington passou a ser diretor.
JFR: Posteriormente quem foram os radialistas que passaram pela Rádio Clube?
Paniago: Foram muitos, Durley Montavão que veio de Goiás, Denis Maris paulista noticiarista e redator do Jornal da Clube, Jorge Cunha locutor, Orestes Miráglia apresentador e jornalista, Saul Feliz apresentador e diretor artístico da emissora, João Gomes jornalista e apresentador, Gino Rondon, Edna Rondon, Oliveira Neto, Gilson Lira, Antônio Carlos, Noel Paulino apresentador, David, Paulo Jorge, Tião de Assis, Vitor Hugo, Caldeira Filho veio de Goiás e outros grandes comunicadores.
JFR: Como surgiu então nova emissora FM da cidade, a Tropical FM 105?
Paniago: Nós já estávamos com a concessão da emissora ajeitada, foi uma grande luta mas chegou um momento em que era só uma questão dos equipamentos e torre. Antônio Ribeiro era uma liderança no grupo, fizemos um grande esforço até que a concessão foi liberada. De imediato foram para a 105 o jornalista Gino Rondon, Paulinho Boa Pessoa, Denis Maris, Celso Figueiredo, Irineu Junior, Paulo Iran e outros nobres companheiros de rádio.
JFR: O que a família representa na sua vida?
Paniago: A família é tudo na vida de um cidadão, sou casado com Laídes Nunes Paniago, amamos muito os nossos filhos Carlos, Ademir, Valdirene e Cristiane, temos uma neta Tainara.
JFR: Para encerrarmos esta entrevista, agradecemos a sua atenção, nos gostaríamos que você falasse sobre a imobiliária e sobre o seu apoio voluntário a algumas entidades de Rondonópolis:
Paniago: Eu fui sócio do Ribeiro e do Rubens Caras, na imobiliária tive uma experiência muito marcante nesse ramo. Colaborei na construção do Lyons Clube de Rondonópolis, com a Casa do Menor, Lar dos Idosos, ajudei também na construção da Loja Maçônica Marechal Rondon.

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