22.1 C
Rondonópolis
segunda-feira, novembro 25, 2024

Candidatos trocam acusações e clima do debate é tenso

O espetado debate entre os candidatos ao governo de mato Grosso começou às 22h45.

Mauro Mendes afirma que Governo Estadual sufoca comércio com impostos

Na primeira pergunta do debate, Mauro Mendes diz que Mato Grosso sufoca o empresário e pergunta a Silval Barbosa porque o governo desestimula o comércio. O peemedebista, por sua vez, declara que acontece o contrário. Segundo ele, mais de um milhão de pessoas não pagam ICMS e que há políticas de incentivos para vários setores, como têxtil e de informática. Além disso, Silval garante que fará uma política de desoneração, a começar pelo Óleo Diesel, apesar de uma grande variedades de produtos são desonerados.
Mauro Mendes, por sua vez, garante que o dito pelo atual governo é diferente da realidade. O socialista reforça o fato de o Estado sufocar o comércio e usa o exemplo de uma multinacional que deixa Mato Grosso em decorrência dos altos impostos. Ele garante que irá implantar um verdadeiro plano de desoneração.
Estamos em um estado que crescer 10% ao ano e geramos mais de mil empregos direto no início desse ano. Segundo ele, cresceram os números de empresas de fora instaladas em Mato Grosso. “Esse estado de pessimismo que o adversário está falando não é o estado que administramos”.

Desvio de R$ 15 milhões na compra de ônibus escolares é denunciado por Santos

Ao ser questionado por Silval Barbosa sobre corrupção, o candidato Wilson Santos anunciou a denúncia de desvio de R$ 15 milhões na compra de ônibus escolares pelo Governo. A bomba faz parte da estratégia do tucano que quer o segundo turno e declarou a Silval que “ele e o governo são professores quanto a corrupção”.
Wilson mencionou sobre o escândalo do superfaturamento de R$ 44 milhões dos maquinários, greve na educação, e até mesmo o uso da maquina pública para campanha eleitoral. Nesse caso, ele se refere a busca e apreensão pela Polícia Federal na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Silval pede direito de resposta e rebate Santos

Silval Barbosa responde as acusações de Wilson Santos declarando que o edital para a compra dos ônibus escolares é do próprio Ministério da Educação e que apesar de já estarem em Cuiabá não foram distribuídos devido ao período eleitoral. Além disso, o candidato afirma que o novo escândalo é uma denúncia infundada, prática que segundo ele, é recorrente do ex-prefeito de Cuiabá.
Wilson alega que o atual governo estadual investiu apenas 17 milhões no saneamento em sete anos e meio de gestão e pergunta a Magno sobre o assunto
“Saneamento básico é uma política pública que atinge principalmente a população carente e os governos que estão ai há décadas não investem nessa área”, afirma Marcos Magno. Segundo ele, não há projetos na Agecopa para tal área e isso está custando a ‘saúde’ do Pantanal e também pode custar a Copa do Mundo.
“Não é feito nada para evitar que o esgoto seja jogado no rio Cuiabá e no Pantanal”, salienta. Para ele, o assunto deveria ser tratado com as 13 cidades que compõe o vale do Rio Cuiabá.entretanto, ele diz que tudo indica uma inércia.

Na réplica, Wilson Santos conta que ao chegar nos estúdios, um guarda o agradeceu por receber, no Bairro 1º de Março, água em sua casa. “Sinto-me orgulhoso por ter construído a ETA (Estação de Tratamento de Água e Esgoto) Tijucal que atende bairros como Doutor Fábio” e outros da periferia. O tucano também faz criticas a política do estado para com o saneamento.

Magno, na tréplica, lembra que Cuiabá tem menos de 50% do esgoto tratado. “Saneamento não é prioridade de Wilson Santos e dos outros governo”, afirma. “Também não temos água tratado em toda Cuiabá”. Segundo ele, movimentos sociais reclamam da ETA Tijucal não funciona corretamente e a qualifica como ‘maquiagem’.

“Vamos fazer investimentos para o turismo e advindos da Copa 2014”, diz Mendes (

Mauro Mendes declarou que é importante o turismo para Mato Grosso e que pretende investir para atrair novos empresários. Ao ser questionado pelo candidato Marcos Magno sobre o assunto, o socialista garantiu firmar parcerias com o governo federal e empresas privadas no sentido de angariar recursos voltados também para cidades do interior do Estado.

Segundo Bloco

Silval pergunta se Mauro Mendes paga 14º e 15º salários na Fiemt como diz que fará no governo (

Mendes confirma a prática em sua empresa. “foi assim que transformei uma empresa de fundo de quintal “. Entretanto, ele nega que já tenha prometido implantar a divisão de lucros no estado, mas sim implantar métodos de valorização dos funcionários. “O Sesi eu administro, o Senais eu administro, e lá os funcionários são valorizados e todos conhecem”.

Silval, na réplica, agradece aos servidores públicos e remete a eles o sucesso da administração estadual. “Nosso servidor é obraço direito, a cabeça do estado. Temos que continuar a valorização dos servidores”.

Mendes diz que aprendeu durante sua vida a valorizar as pessoas. “Não fazemos nada sozinho”. De acordo com ele, seu governo valorizará os servidores e mudará a política dos precatórios, implantados pela atual gestão. “Ela é um desrespeito ao servidor”.

Mauro Mendes questiona Santos e garante que indústria será a nova urna do estado

Wilson Santos enfatiza que em sua possível gestão dará incentivo fiscal de forma honesta trazendo investimentos de indústrias moveleiras para o Norte do estado e transformando a região no maior pólo da indústria no país.

Já Mauro Mendes destaca que o governo pode sim estimular a atividade econômica através do estímulo da iniciativa privada. “A indústria será a nova urna do estado”. Além disso, o candidato destaca a importância da qualificação de profissionais para geração de empregos.

Santos complementa o tema afirmando que a economia do estado não deve se concentrar no agronegócio , destaque do atual governo, e coloca como uma de suas propostas o reflorestamento, outro ponto delicado da atual gestão.

Marcos Magno acusa Silval de ter atitude de mega-empresário ao invés de estadista

Silval diz que está a 33 anos em Mato Grosso, acompanhou o surgimento de várias cidades, ajudou no desbravamento e prosperou junto ao Estado. Ele agradece as oportunidades e afirma que adquirir veículos de comunicação é prática comum na família. “Está tudo declarado no imposto de renda. Sempre que quiser mais informações basta verificar lá”, ironiza o governador. Ele afirma achar normal um empresário investir em qualquer área, desde que declarado.

Magno afirma que o perfil de Silval Barbosa é o dos governantes do Brasil. “Somos o estado ranqueado com as piores educações, mas com os políticos mais ricos”, pontua o candidato do PSOL. Ele considera lamentável o fato do peemedebista ter arrendado, recentemente, a rádio Cultura de Cuiabá, o que seria uma postura pouco estadista.

“Daqui a pouco ao falar que sou dono da TV Centro América”, brinca o candidato à reeleição. Ele afirma que a educação é motivo de orgulho para Mato Grosso e pede um debate propositivo ao invés de ataques pessoais.

Terceiro Bloco

Temos que resolver a saúde do interior para acabar com os problemas de Cuiabá, afirma Santos

O terceiro iniciou com o tema Saúde. Marcos Magno declarou que Wilson Santos foi incompetente à frente da Prefeitura de Cuiabá para administrar o setor. O tucano rebateu i adversário ao mencionar que ganhou premiação como “Prefeito Amigo da Criança” por ter reduzido em até 30% a taxa de mortalidade infantil na capital. Por outro lado, declara que pretende construir seis hospitais regionais para “desafogar” o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. “O problema é que enquanto não resolvermos as questões do interior, sempre vamos ter problema com a saúde aqui”, pontuou.

Santos diz que segurança vai de mal a pior por culpa do governo )

Wilson Santos afirmou que Mato Grosso é o quinto Estado mais violento do Brasil, superando até mesmo São Paulo. Segundo ele, grande parte disso é culpa do narcotráfico e questiona quais foram as medidas tomadas por Silval.
O peemedebista diz que quando assumiu exigiu do governo federal uma nova atenção da união com a fronteira de Mato Grosso com a Bollívia. Ele fala da operação Genesis, deflagrada por mais de 17 instituições, e elenca investimentos no Gefron (Grupo Especial de Fonteira). Silval também fala em solicitar auxilio da Polícia Federal, Abin e de outras intituições federais.

Wilson, na réplica, afirma que o governo vive de ações pontuais e por isso tudo piora. “o governo teve oito anos para criar novas equipes do Gefron e não o fez. A unidade é a mesma criada por Dante de Oliveira”, afirma o tucano. Segundo ele, existem menos policiais no estado do que na gestão anterior e acuso o governo de desprestigiar o setor.

Silval, por sua vez, afirma que 30% do atual efetivo foram incorporados pelo atual governo e cita novas convocações de concursados. De acorro com ele, existe um planejamento para, até em 2014, alcançar a quantidade ideal de policiais.

Mauro Mendes reconhece o trabalho de Maggi na melhoria da logística no estado (

Questionado por Silval Barbosa sobre seu programa de logística, Mendes afirma que a logística de estadas no estado sempre foi precária, mas reconhece que o atual presidente Lula começou um grande trabalho na área. Também admitiu o trabalho de criação e pavimentação de rodovias de Blairo Maggi ao longo dos seus oito anos de governo. Entretanto, enfatizou a necessidade de que um verdadeiro governador invista em estradas e rodovias mas também na qualidade de vida das pessoas em áreas urbanas.

Silval destacou o trabalho da continuidade de sua gestão afirmando quer vai construir ainda mais rodovias para que todos os municípios de MT sejam integrados. Destacou também o intuito de criação da Secretaria de Cidades.

Em contraponto ao programa de interligação dos municípios de Silval, Mendes destacou que um governador que não rouba e não deixa o estado ser roubado tem dinheiro para investir na qualidade de vida do cidadão não somente com estradas, mas nas ruas e nos bairros.

Queimadas viram tema de debate

Os meus candidatos são mestres em discursos na “maquiagem”. Mas, segundo ele, é necessário apresentar o que é importante para a sociedade e o meio ambiente é crucial. “Hoje degradam o meio ambiente e vemos a saga do Poder. Não temos nenhuma política para o setor”, diz. Ele avalia que é necessário promover a reforma agrária e acrescenta que a produção exagerada é incompatível com o consumo.

Em sua réplica, Mendes diz o desenvolvimento sustentável é grande desafio, mas o meio ambiente não seria apenas manter a floresta em pé. Aponta a poluição do rio.

Quarto Bloco

Wilson e Silval trocam acusações e clima esquenta (23h04)

A primeira pergunta do quarto bloco é feita por Wilson Santos a Silval Barbosa. Ele toca novamente no assunto corrupção, elenca os casos da Fertipar, os ‘desvios’ de verbas da saúde e da aquisição dos ônibus.

Silval rebate veementemente as acusações e diz que o tucano não tem crédito para falar de escândalos. O peemedebista afirma que Santos saiu da Prefeitura de Cuiabá com a cidade esburacada, com dinheiro em caixa e poucas ações. Ele ainda elenca os avanços o estado e acusa Wilson de ter sido ranqueado como pior prefeito do Brasil.

Wilson lembra que recebeu cinco prêmios pelo comando da Prefeitura além da cidade ter o nono melhor IDH entre as capitais e o segundo de Mato Grosso. Depois ele volta a lembrar do sobrepreço de R$ 44 milhões na aquisição dos maquinários do programa Mato Grosso 100% equipado.

Silval pergunta como é possível Wilson ter recebido tantos prêmio e Cuiabá estar em uma situação tão lastimável. Ele chama o tucano de incompetente e diz que ele não ter capacidade de administrar.

Silval questiona carta de crédito e Mendes diz que servidor poderá trocar em comércio

Mendes rebateu Silval Barbosa sobre carta de crédito e diz que o Estado tem dívida antiga com o servidor e na hora de pagar emite precatório. “O servidor tem que vender para tentar pegar o dinheiro e acaba pegando menos. Isso é ridículo”, garante o socialista. Mauro também alfineta o peemedebista que o eleitor tem direito de conhecer o passado do candidato. Isso porque, Silval questiona os ataques dos adversários e defende apresentação de propostas.“Eu vou resolver ao autorizar ao servidor a trocar a carta de crédito no comércio, principalmente, em materiais de construção. Mas no valor que ele deve receber”, frisou.

Mendes rebate e chama SIlval de despreparado

“Devo não, coloque no tempo certo. Devia. Você está um pouco nervoso e embaralha um pouco as coisas. Em outros debates o senhor estava desinformado. Agora vejo que está despreparado”, declara Mauro Mendes em tréplica a Silval Barbosa. O socialista afirma que possui propostas inovadoras que poderão ser avaliadas pelo eleitor em comparação as do peemedebista.

Marcos Magno afirma que tom de denúncias em debate é desrespeito com a sociedade

Ao ser questionado por Mauro Mendes sobre suas políticas de melhoria na saúde em Mato Grosso, Marcos Magno primeiramente critica a maquiagem das políticas públicas e o abuso do tema de corrupção no debate. Após o desabafo, esclareceu que seu staff irá dialogar de forma transparente com a classe médica que é quem detém o conhecimento necessário para indicar as melhores propostas para saúde.

Já Mendes aproveitou o espaço para dizer que se eleito governador irá mudar a realidade da saúde em MT que atualmente conta com 100mil pessoas nas filas de hospitais. Mauro também voltou a destacar que aplicando corretamente o dinheiro público sem a conivência com roubos, há dinheiro para criação de hospitais e pronto-socorro.

Magno critica a resposta de Mendes e o acusa de falácias e volta a destacar a importância do diálogo com a classe médica.

Magno ironiza Wilson e diz que rivais são 'farinha do mesmo saco'

Marcos Magno encerra o bloco perguntando se é verdade um suposto acordo entre Mauro Mendes e Wilson Santos para o segundo turno. Santos, por sua vez, afirma que quer ser governador para administra com ‘mãos limpas’. “Tenho a honra de disputar ao governo do meu estado”, salienta.

O tucano ainda discorre sobre seu currículo na política e diz que nunca usou dela para beneficio próprio. “Nunca usei do poder para me tornar dono de rádios Am, Fm ou crescer. Mas pude ajudar muita gente a crescer na vida”, responde.

Irônico, Magno diz que “um pouco de humor é bom”, mas pede seriedade na resposta. Segundo ele, os outros candidatos são ‘farinha do mesmo saco’ e que partidos grandes passaram a posição de ‘laranjas’ durante as eleições.

Wilson, por sua vez, afirmou que quer ser governador para trazer a ferrovia a Cuiabá, implantar a hidrovia Paraná-Paraguai, implantar a faculdade de Medicina na Unemat, a ZPE em Cáceres e para que os pobres também possam ser doutores.

Declarações finais Marcos Magno

Marcos Magno critica a cobertura eleitoral realizada pela imprensa e fica na bronca com a maneira em que sua candidatura, segundo ele, foi "ignorada". "Queremos registrar um protesto contra essa imprensa marrom", frisa. O candidato aproveitou também para pedir votos.

Silval Barbosa

Nas considerações finais, Silval agradece a Deus por ter participado de mais um debate, ao apoio da família, de quem está a frente da campanha e dos eleitores. Ele afirma que o Estado não está vivendo o caos anunciado pelos oposicionistas e diz crer em Mato Grosso pelos seus números de desenvolvimento.
Barbosa também diz querer administrar o Estado para poder chegar em 2014 e ter orgulho do mesmo e para realizar uma administração ética. Ele encerra pedindo votos a Blairo Maggi (PR), a Carlos Abicalil e para si.

Mauro Mendes

Em suas considerações finais Mendes agradeceu o apoio da família e militância e pediu aos eleitores a oportunidade da realização do segundo turno onde dois candidatos poderão ser melhores avaliados. “Melhor esperar trinta dias do que se arrepender por quatro anos”. Mauro também destacou principalmente o foco de sua gestão na melhoria da saúde e criação de quatro mil quilômetros de asfalto.

Wilson Santos

Wilson fala que em quatro noites o eleitor irá decidir o destino de Mato Grosso. Segundo ele, o povo poderá decidir entre um estado onde os políticos confundem o público com o privado ou um estado que pode avançar e ser exemplo em várias áreas.
O tucano agradece a esposa Adrian Bussiki e a Deus. “Fonte maior da minha garra”, enfatiza. Santos afirma que não serão os candidatos que decidirão quem estará no segundo turno, mas sim o eleitor, e pede o voto do espectador e de mais uma pessoa.

Fonte: Olhar Direto

RELACIONADAS

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

OPINIÃO - FALA CIDADÃO