POLÍTICA

Desigualdade de renda é mais difícil de combater do que a pobreza

A desigualdade de renda no Brasil é mais difícil de combater do que a pobreza, em razão da alta carga de impostos do país. A avaliação é do presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcio Pochmann.
O brasileiro que ganha até dois salários mínimos (R$ 1.020) paga em média 86% mais em impostos diretos e indiretos do que os mais ricos, com renda acima de 30 salários – R$ 15.300.
– Não há uma coordenação na área social como existe na área econômica, onde você tem metas de inflação e programas adotados em todo o país. Uma gestão mais ampla da área social iria ajudar a diminuir a desigualdade, que é o calcanhar de aquiles do Brasil.
Para Pochman, deveria haver uma integração entre os programas dos Estados, municípios e União na gestão social. Ele afirma que existe atualmente uma sobreposição das ações. Ou seja, essas três esferas da administração pública muitas vezes acabam desenvolvendo programas similares.
– O pobre não sabe quanto paga [de impostos]. Somente quem sabe o que paga, reclama neste país.
Levantamento feito pelo Ipea mostra que a pobreza e a desigualdade de renda diminuíram nos últimos anos. Entre 2003 e 2008, por exemplo, a queda média anual da taxa de pobreza extrema foi de 2,1%, enquanto a desigualdade de renda diminuiu 0,7%.
De acordo com o Ipea, em quase todos os períodos de tempos considerados, “a pobreza diminui mais rapidamente do que a medida de desigualdade”.
– O que significa dizer que o combate à pobreza parece ser menos complexo do que o enfrentamento da desigualdade de renda
Fonte: Portal Admiinistradores

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