A Câmara Municipal recebeu em suas galerias, na sessão desta quarta (17), uma comitiva da Associação de Preservação do Parque Lajeadinho, liderada pela presidenta da entidade, Irmã Isabel Pereira da Silva, acompanhada do Secretário Municipal do Meio Ambiente, Baltazar Ferreira de Melo. O grupo de ativistas se fez presente para acompanhar a votação do projeto de criação do Parque Municipal do Lajeadinho, de autoria do Executivo e aprovado, por unanimidade, pelos vereadores no transcorrer da sessão.
Localizado na região da Vila Operária, o novo parque é resultado de uma luta antiga de um grupo de entidades para salvar o Córrego Lajeadinho e, que no correr dos anos, ampliou seus objetivos para um esforço maior no sentido de proteger os rios, córregos e nascentes da região. A associação serviu como galvanizadora dos esforços das inúmeras entidades ligadas à causa.
De acordo com sua presidenta, a luta ambiental teve início em 2005 com uma grande caminhada da comunidade pelas margens do Córrego Queixada, para realizar limpeza das margens e levantamento da situação ecológica. A comunidade constatou o enorme acúmulo de lixo no leito do córrego e nas suas nascentes tributárias, além de uma proximidade perigosa das residências em suas margens, o que acabava por interferir na saúde das famílias ribeirinhas.
A partir desse momento o universo de defesa ambiental foi ampliado com o envolvimento de pequenos sitiantes locais com a proteção das nascentes. Foram tomadas, ao longo dos anos, inúmeras iniciativas de conscientização ecológica e ambiental, direcionadas às crianças e jovens da comunidade. É o caso das mais de quinhentas crianças ligadas à Caritas Diocesana, hoje envolvidas com o esforço de preservação ambiental na Vila Operária. A associação conta hoje com um núcleo de trinta militantes, mas envolve o trabalho de mais de duzentas pessoas ligadas à organizações diversas.
Todo este esforço da associação desaguou no projeto de lei que cria o Parque Municipal do Lajeadinho, aprovado pela Câmara na sessão de quarta-feira. O presidente do Legislativo, Ananias Filho (PR) disse em entrevista que, além da importante questão ambiental resolvida pela criação do Parque, não se deve esquecer a tendência de, em curto prazo, o parque ser transformado em local de lazer, atividades culturais e esportivas e, de preservação ecológica, para a juventude da Vila Operária, um região carente de áreas de lazer.
De acordo com o presidente: “Preservação ambiental deve ter a mesma conotação que o ato de respirar, comer, adquirir conhecimentos e cuidar dos filhos. Nós temos que conscientizar as novas gerações que sem preservação ambiental, não teremos um lar terreno, nem mesmo um habitat para viver. Sem meio ambiente e natureza não teremos ambiente para a vida, bem maior da humanidade”, asseverou o vereador.
Da assessoria
