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segunda-feira, novembro 25, 2024

Brasília na luta pela abertura do Mundial 2014

Diante da indefinição da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quanto ao estádio de São Paulo, o plano A para abrir a Copa de 2014, Brasília apresentou ontem suas credenciais para ser a sede do primeiro jogo.
O estádio projetado tem capacidade para abrigar mais de 70 mil torcedores, cujas obras custarão R$ 696.648.000,00.
É tão luxuoso que os políticos e torcedores importantes contarão com estacionamento nos subterrâneos do estádio, com 500 vagas. De lá, eles alcançarão os camarotes vips por elevadores privativos. Do lado de fora, para os cidadãos comuns, haverá 12 mil vagas no estacionamento.
O novo estádio será erguido no lugar do abandonado Mané Garrincha. Se chamará Nacional de Brasília Mané Garrincha. O local está no coração da capital, a apenas 2,5 quilômetros da Praça dos Três Poderes. "Estamos iniciando a construção de um estádio com mais de 70 mil lugares, o que o torna apto a ter jogos como o da abertura da Copa", disse o governador Rogério Rosso (PMDB), em discurso na solenidade de início das obras, que deverão terminar em 2012.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não quis entrar em detalhes sobre o estádio que abrirá a Copa. "Não há nenhuma definição de abertura. Isso vai ser definido mais à frente, com a Fifa." Acrescentou que se Brasília deseja servir de sede para o jogo de abertura do torneio, deverá enviar uma carta à CBF.
O problema agora é com o estádio de São Paulo. O Comitê Organizador Local rejeitou a reforma do Morumbi um dia depois da estreia do Brasil no Mundial da África do Sul, em 16 de junho. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, Alberto Goldman, têm esperanças de que a solução Morumbi ainda seja considerada.
A construção de outro estádio, em Pirituba, que custaria R$ 700 milhões, foi descartada. Fala-se ainda em reformas do Pacaembu e do Parque Antártica, com no mínimo 65 mil vagas para os torcedores, o que daria condições para que um deles recebesse o jogo de abertura.
O governador Rogério Rosso disse que Brasília é a cidade com mais condições para a abertura. "Hotéis a cerca de 300 metros do estádio, o que quase nenhuma cidade do mundo tem; aeroporto a dez minutos da sede dos jogos; e um espetacular local para o Centro Internacional de Mídia, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a pouco mais de 500 metros", afirmou. "Não vou pedir para não constranger, mas está claro que este ato serve para deixar Brasília apta como sede da abertura da Copa do Mundo."
Mão de obra.
Um convênio assinado ontem garante que pelo menos 50 ex-detentos e presos que cumprem pena em regime aberto e semiaberto trabalhem nas obras de reforma e ampliação do novo estádio.
Os internos que forem aproveitados na obra receberão um salário mínimo, além de auxílio-transporte e alimentação. A cada três dias trabalhados haverá a redução de um dia da pena total do detento. Hoje, dos 7,5 mil presos que cumprem pena no Distrito Federal, 1,5 mil trabalham em órgãos públicos e empresas privadas, por meio de acordos.
A previsão é de que os trabalhos de reforma e ampliação do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha empreguem cerca de 1 mil pessoas.

Fonte: O /estado de S.Paulo

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