Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior acredita que o Brasil não deverá alcançar a meta de R$ 285,91 bilhões (US$ 160 bilhões) em exportações neste ano. De acordo com o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, dificilmente o país atingirá a meta definida pelo governo. É mais provável, segundo ele, que as vendas externas fechem 2009 próximas ao volume atual acumulado em 12 meses, de US$ 158,9 bilhões. "O problema é a recuperação lá fora, no exterior, dos nossos compradores, que ainda sofrem com a crise financeira global".
Pela manhã, o ministério divulgou que a balança comercial encerrou setembro com superávit (valor economizado pelo governo para pagamento da dívida pública) de R$ 2,37 bilhões (US$ 1,33 bilhão), segundo pior resultado mensal deste ano. Mesmo assim, o superávit acumulado no ano, de R$ 38 bilhões (US$ 21,27 bilhões), supera os R$ 35,16 (US$ 19,68 bilhões) do mesmo período de 2008.
Apesar da queda de 30,5% na comparação com setembro do ano passado, Barral comemorou a alta de 10,3% nos embarques de produtos manufaturados no mês passado sobre agosto, totalizando R$ 11 bilhões (US$ 6,16 bilhões).
"O Brasil está conseguindo exportar mais manufaturados. O mês de setembro foi o melhor mês do ano para as exportações de manufaturados", disse, lamentando a redução dos preços dessas mercadorias devido à maior competição no mercado internacional. As exportações de produtos manufaturados que mais subiram foram as de aviões e laminados planos.
O secretário de Comércio Exterior também lamentou a queda das exportações para os Estados Unidos, mas destacou que há uma recuperação tímida das vendas para o Mercosul e destacou e Argentina. A China é o único grande mercado que comprou mais do Brasil em setembro e também no acumulado do ano frente os mesmos períodos de 2008
Fonte:Ag.Reuters
Brasil não deve atingir a meta de exportações no ano
