ECONOMIA

Lula vai defender medidas anticrise na Assembleia Geral da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará um discurso no próximo dia 23 de setembro na Assembleia Geral da ONU em defesa da manutenção das medidas de combate à crise financeira internacional. Em entrevista ontem (17) no Centro Cultural Banco do Brasil, o porta-voz da presidência, Marcelo Baumbach, informou que Lula defenderá ações para regulamentar o mercado financeiro. "O presidente considera prematuro suspender as medidas anticrise e alertará que passados 12 meses (do início da crise) há indefinições, comodismo e inércia", disse o porta-voz, referindo-se a promessas não cumpridas de líderes mundiais em adotar regras para as instituições bancárias.
Baumbach informou que Lula embarca na segunda-feira para Nova York, onde receberá no mesmo dia o prêmio Woodrow Wilson. Na quarta-feira, a partir das 9 horas, ele estará na sede da ONU onde terá encontros bilaterais com líderes de outros países e mais tarde fará seu pronunciamento. O discurso de Lula terá 3 pontos principais: a crise financeira, mudanças nos órgãos internacionais como FMI e Banco Mundial e mudanças climáticas.
Lula ainda irá citar outras questões como o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba, considerado por Lula como "anacrônico". No dia 24, Lula parte para Pittsburg, onde participará de reunião dos líderes do G20. Ainda na quinta, ele participará de um jantar oferecido pelo presidente dos EUA, Barack Obama. O encontro dos chefes do Estado do G20 ocorre na sexta. O porta-voz da Presidência adiantou que a reunião discutirá especialmente a questão das regras para as instituições financeira e maior participação acionária de países em desenvolvimento no Fundo Monetário Internacional (FMI). "É fundamental que as economias em desenvolvimento tenham mais voz e voto nesses órgãos", disse Baumbach.
Ao comentar sobre a crise política na América do Sul por causa da instalação das bases americanas na Colômbia, o porta-voz disse que Lula acredita que o governo da Colômbia não sairá da Unasul por divergências com outros países. "O presidente Lula tem a confiança de que, apesar de declarações publicadas na imprensa, a Colômbia não sairá da Unasul".
Fonte: Ag.Estado

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