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sábado, novembro 23, 2024

Bom para a Bolívia; ruim para o Brasil

Muita gente já deve ter ouvido aquele adágio popular que diz mais ou menos assim: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. No entanto, as notícias divulgadas em vários meios de comunicação mostra uma mudança nessa frase, que agora pode ser divulgada da seguinte forma: “O que é bom para a Bolívia é ruim para o Brasil”.
O motivo dessa contextualização tem relação com a informação de uma nota fiscal apresentada de comercialização de gasolina entre a Petrobras e uma empresa pública boliviana, nas redes sociais, onde o litro da gasolina é comercializado R$ 1,593, no entanto para o brasileiro comum o litro está custando R$ 3,754, segundo dados da própria Petrobrás, em algumas regiões do país, em outras se paga ainda mais, dependendo da distância percorrida no transporte do combustível.
Essa informação é no mínimo para indignar o cidadão pagador de impostos; pois ver a nossa gasolina sendo vendido pela metade do preço para estrangeiros é algo no mínimo que precisa ser questionado, pois não se pode aceitar essa situação .
A alegação dos nossos governantes é que esses valores pagos pelos bolivianos não estão inclusos as taxas e impostos internos cobrados pelo governo brasileiro ao consumidor final, e por isso, a gasolina exportada para a Bolívia acaba sendo mais barata.
A Petrobras ainda afirma que os bolivianos são também responsáveis pelo pagamento do transporte do combustível.
Apenas para termos uma ideia e Petrobras ainda informa que de cada R$ 100 de gasolina no Brasil, 17% vai para distribuição e revenda, 14% pelo custo do Etanol Anidro, 29% de ICMS, 10% de Cide, PIS /Pasep e Cofins e 30% vai para a empresa estatal.
O que de fato precisa ser revisto e analisado é o valor de tantos impostos e tributos sobre um produto de extrema necessidade para o crescimento e desenvolvimento do país. O que ficou mais do que provado é que é possível pagar um preço menor na nossa gasolina e de fato ajudar o país a sair da crise.
Pelo visto o que está faltando é vontade política para resolver a questão e definir uma plataforma decente de comercialização de gasolina no nosso país. O justo seria os bolivianos pagar a mais pela gasolina comprada aqui do que os nossos consumidores internos. Vale destacar e lembrar que na verdade a Petrobras está a perder divisas, pois deveriam incluir esses impostos que pagamos também na gasolina exportada para sermos pelo menos um pouco justo com o momento que vivemos no país.
Outro detalhe que temos que lembrar que os valores pagos atualmente pelos barris de petróleo não são mais tão astronômicos como eram no passado e a produção própria do Brasil cresceu em progressão geométrica se formos comparar com o passado.
No fim, podemos dizer, de forma clara, é possível pagar menos pela nossa gasolina e isso depende apenas da vontade política de nossos governantes.

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