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domingo, novembro 24, 2024

Bolsonaro oscila para baixo e Lula segue líder com 53% dos votos válidos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 49% das intenções de votos totais, ante 44% do candidato à reeleição, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (27). Brancos e nulos somam 5%, e indecisos, 2%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

No levantamento da semana passada, o petista registrava 49%, e o atual presidente, 45%. Brancos e nulos eram 4%, e indecisos, 1%.

Com isso, permanece estável o quadro para a disputa final da corrida à Presidência, cuja votação será neste domingo (30), após uma nova rodada de ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral. O chefe do Executivo tentou tumultuar o pleito com a apresentação de um relatório frágil sobre suposta supressão de inserções de sua campanha em rádios do Norte e Nordeste.

Em votos válidos —que é o critério adotado pela Justiça Eleitoral para declarar o vencedor, excluindo votos em branco e nulos—, Lula teria hoje 53% e Bolsonaro, 47%, conforme o Datafolha. Na semana passada, os percentuais eram de, respectivamente, 52% e 48%.

O instituto ouviu 4.580 pessoas em 252 municípios de terça (25) a esta quinta-feira (27). A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela TV Globo e está registrada sob o código BR-04208/2022 no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

VANTAGENS
A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira reforça a existência e persistência de uma verdadeira fortaleza de votos a favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em parte do eleitorado. A vantagem do petista entre a população de baixa renda, que já era grande, cresceu para 28 pontos. No Nordeste, o presidente continua mantendo uma frente de 40 pontos sobre Jair Bolsonaro (PL), número que o presidente não consegue compensar com seus votos nas outras regiões.

São essas duas grandes vantagens que, caso se confirmem no dia da eleição, poderão dar a vitória para o ex-presidente, aponta a pesquisa. O Nordeste, sozinho, representa 27% do eleitorado. Nas amostras do Datafolha, o grupo de eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos representa quase metade do total.

Em todos os outros estratos de renda, por exemplo, Bolsonaro lidera: ele tem 14 pontos de vantagem entre aqueles com renda de dois a cinco salários mínimos e de 28 pontos entre aqueles que recebem de cinco a dez. Mas esses grupos, na pesquisa, não são fortes o suficiente para virar a eleição a favor do presidente.

A "fortaleza" de Bolsonaro, por outro lado, se concentra principalmente na divisão religiosa que se instalou no Brasil: entre os evangélicos, que representam cerca de 27% do eleitorado (praticamente um Nordeste), o presidente tem uma vantagem considerável sobre Lula. Nesse grupo, são 62% os que dizem preferir Bolsonaro contra 32% que escolhem Lula. Já nos estratos por região, Bolsonaro lidera com folga no Centro-Oeste e no Sul, mas em nenhum dos dois com uma vantagem tão decisiva quanto a que o petista tem no Nordeste. No Sul, Bolsonaro ampliou sua vantagem, que era de 17 pontos, para 22.

Um exemplo de como a vantagem folgada de Lula no Nordeste pesa muito a favor do presidente já ocorreu no primeiro turno. Em São Paulo, que registrou votos de 27 milhões de eleitores no total, Bolsonaro teve 1,7 milhão de votos a mais do que o petista. Mas essa vantagem foi mais do que compensada apenas pela votação no Ceará: lá, Lula teve 2,2 milhões de votos a mais que Bolsonaro, apesar do estado ter um eleitorado cinco vezes menor do que o de São Paulo. Da mesma forma, a votação de Lula no Maranhão compensou toda a vantagem que o presidente teve em Santa Catarina, por exemplo.

Como padrão de comparação, Bolsonaro lidera hoje em São Paulo, segundo o Datafolha, com 53% dos votos válidos. Em 2018, o presidente teve 67,97% dos votos válidos no estado. Na prática, a vitória de Bolsonaro há quatro anos foi carregada em votações muito significativas no Sul e no Sudeste, que não têm aparecido agora.

 

Da Redação (com informações de Agências de Notícias)

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