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segunda-feira, novembro 25, 2024

Blairo Maggi busca apoio de João Havelange, ex-Fifa

Um dos maiores entusiastas da realização de jogos da Copa de 2014 em Cuiabá, o governador Blairo Maggi (PR) tem uma agenda muito importante (e estratégica, segundo os analistas esportivos) nesta segunda-feira (16), no Rio de Janeiro: ele se encontra com o ex-presidente da Federação Internacional de Futebol Association (Fifa), João Havelange.

O encontro tem horário e endereço definidos: será às 15h, no número 89 da Avenida Rio Branco, no Centro do Rio. A pauta, no entanto, não foi divulgada. E, certamente, nem precisaria, pois Havelange, aos 93 anos, até hoje, é um personagem de destaque no mundo dos esportes, sobretudo, quando se fala em Copa do Mundo.

Blairo Maggi, como se sabe, vem apostando todas as fichas do Governo de Mato Grosso, com o objetivo de fazer com que Cuiabá seja uma das 12 subsedes de jogos da Copa do Mundo de 2014. Uma demonstração dessa ação política e administrativa foi dada no começo deste mês, quando o governador liderou a recepção ao comitê de inspeção da Fifa e da CBF, expôs os projetos que atenderiam às exigências de encargos e agiu com extrema diplomacia diante das críticas do Governo do vizinho Mato Grosso do Sul, que também sonha com a “vaga” na Copa.

O encontro que Maggi terá nesta segunda-feira com Havelange faz sentido, neste momento, em que o Estado sonha com a “classificação” para 2014, é estratégico. O velho cartola foi o homem mais poderoso e influente do futebol mundial por 24 anos, período em que presidiu a Fifa, e é sempre lembrado pela contribuição que deu para se revolucionar o esporte mais popular do mundo. O reinado de Havelange, por sinal, teve início em 1974, quando se tornou o primeiro não-europeu a ocupar a presidência da entidade. Foi reeleito por nada menos do que seis vezes consecutivas, o que o levou a recebeu o título de "maior multinacional do mundo".

De 1955 a 1963, foi membro do Comitê Olímpico Brasileiro. Dois anos depois, assumiu a presidência da extinta Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que se transformou na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nas conquistas dos títulos mundiais de 1958, 1962 e 1970 pela Seleção Brasileira. Só saiu da organização para entrar na Fifa. Em 1998, passou o posto ao suíço Joseph S. Blatter. Hoje, a CBF é comandada por Ricardo Teixeira, ex-genro de Havelange.

Na Suíça

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por sinal, na recente visita a Cuiabá, dia 4 de fevereiro, não economizou elogios a Blairo Maggi, destacando o papel do governador na luta pela escolha de Cuiabá como uma das sedes de jogos da Copa do Mundo de 2014. Não bastasse isso, fez uma revelação, até, sintomática: como convidado da CBF, Maggi irá à Zurique (Suíça), no dia 20 de março, para acompanhar a divulgação dos nomes das cidades escolhidas para os jogos da Copa.

A propósito, Maggi esteve em Zurique, quando a Fifa escolheu o Brasil para sediar o Mundial de 2014. A sua participação no evento da Fifa, em outubro de 2007, na Suíça é um dos argumentos de Mato Grosso para mostrar seu empenho pela Copa. Na ocasião, o governador mato-grossense esteve com colegas dos Estados com cidades-candidatas (a exceção foi André Pucinelli (PMDB), de Mato Grosso do Sul), que se fizeram presentes ao lado do presidente Lula da Silva, ministros, do ex-jogador Romário, do escritor Paulo Coelho e do técnico da Seleção, Dunga.

Organização e disciplina

Em artigo publicado no jornal carioca O Globo, no último dia 10, Blairo Maggi deu uma mostra de como Mato Grosso se preparando, desde outubro de 2007, para se tornar uma das 12 subsedes da Copa de 2014. No artigo, ele afirma que o desafio de sediar um evento com a magnitude da Copa do Mundo não depende apenas de vontade política. “Requer organização, disciplina para cumprimento de prazos e capacidade de atrair investidores privados”, afirmou.

No artigo, Maggi revela que os investimentos para dotar Cuiabá de infraestrutura e logística já são uma realidade, lembrando que o Governo do Estado criou um fundo que captará recursos necessários para as obras: já foram arrecadados R$ 75 milhões. "Investidores privados anunciaram que aumentarão em 60% a oferta de leitos no setor hoteleiro. Obras de alargamento de avenidas que levam ao Estádio Governador José Fragelli, o Verdão, já foram projetadas e estão previstos corredores exclusivos de ônibus e um metrô de superfície”, disse.

“Mas eu posso assegurar que o Governo do Estado bancará a construção [do estádio], por acreditar que ela será o marco de um projeto que tem início com a Copa do Mundo e permitirá apresentar ao mundo todo o potencial turístico e ambiental de Mato Grosso. É bom lembrar que, além do Pantanal, nosso estado é o único do país que possui outros dois biomas — Amazônia e Cerrado. Mato Grosso já está entregue de corpo e alma ao sonho de tornar Cuiabá a sede do Pantanal na Copa do Mundo. E acredita que nosso esforço será recompensado em março, quando a Fifa anunciará as 12 cidades escolhidas para representar o Brasil aos olhos do planeta”, completou, no artigo.

Antônio de Souza – Midia News

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