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domingo, novembro 24, 2024

Berges Raizeiro “A infância em Umuarama, a paixão, o contato com a natureza, e belíssimas paisagens despertaram em mim a profissão de raizeiro.”

Berges Lemes de Carvalho, é natural da cidade de Umuarama no Estado do Paraná, com pouca idade já ajudava em casa e no sítio onde tinham uma plantação de café na zona rural daquele município. Seus pais Filisbino Lemos de Carvalho e dona Jacira não mediram esforços para criar os 10 filhos. Para ele valeu a pena seguir o coração, e ressalta que é muito feliz fazendo o que mais gosta; “Estou na profissão há mais de 20 anos.” Salientou Berges.

JFR; Como foram os primeiros passos da família em Umuarama, e o posterior trabalho na produção de café no sítio?

Berges Raizeiro; Meus pais trabalharam muito para criar os 10 filhos, no Estado do Paraná o meio rural sempre foi bem tradicional. A maioria das famílias ou tinha um sítio ou trabalhava para alguém em um sítio. Meus pais tinham um pequeno sítio, produzíamos café e vendíamos essa era a nossa sobrevivência. Todos os produtores viviam preocupados com o tempo, se viesse muito frio e desse a geada os pés de café morriam e o prejuízo era grande. E essa preocupação ainda hoje é decorrente no estado paranaense.

JFR; O seu pai resolveu mudar a trajetória de vida da família para Mato Grosso, fale um pouco desse momento;

Berges Raizeiro; Meu pai queria vir para Mato Grosso, pensava em crescer no trabalho, buscar mais oportunidades para os filhos, em fim recomeçar a vida. Desta forma vendeu o nosso sítio em Umuarama e veio para Rondonópolis onde comprou terras na região da Boa Vista. Ele se organizou como sitiante e começou a plantar a chamada lavoura branca, ou seja um pouco de tudo, e aqui se estabeleceu. Quando eu cheguei aqui em Rondonópolis estava com 12 anos de idade, e continuei ajudando os meus pais e meus irmãos no sítio.

JFR; Qual a importância do raizeiro Divino na sua profissão?

Berges Raizeiro; A infância em Umuarama, a paixão, o contato com a natureza, e belíssimas paisagens despertaram em mim a profissão de raizeiro. Eu trabalhei durante alguns anos como Divino, e com ele fui aprendendo e me aperfeiçoando, conhecendo melhor as raízes, e como fazer uma garrafada. O bom desse trabalho é que as pessoas vão ao médico, mas não se esquecem do raizeiro, a nossa intenção é ajudar as pessoas a se sentirem bem. O raizeiro tem que ter tranqüilidade, conhecimento e boa vontade. Se alguém pensar somente em ganhar dinheiro, certamente não ficará por muito tempo na profissão.

JFR; As pessoas imaginam que os chás, e as garrafadas são produtos consumidos somente por pessoas idosas, qual é a realidade dessa questão?

Berges Raizeiro; É um grande engano pensar que a procura por ervas, chás e garrafadas sejam feitas somente por pessoas idosas, os jovens tem um grande interesse e consomem diariamente esses produtos naturais. Temos várias ervas que são muito procuradas pelos jovens; Arnica, Nó de Cachorro, Pau de Boróro, Quina, Barba Timão, Carapíá, Batata Ipú, Carqueja e outras.

JFR; Para finalizar a nossa entrevista, sabemos que além do perfil de sua clientela que inclui jovens e idosos, as pessoas mais abastadas e as mais humildes também estão a procura das raízes, e de ervas para chás?

Berges Raizeiro; Aqui na minha banca na Av. Marechal Rondon, chegam pessoas de bicicleta, a pé, e com carrões importados. Não há preconceito todos os segmentos da sociedade estão atentos, e agregando cada vez mais os produtos naturais, para a promoção da saúde. Nós temos aqui na banca mais de 100 itens a disposição dos nossos clientes, chegamos a atender cerca de 30 a 40 pessoas por dia. O naturalismo está ao alcance de todos, agradeçor a direção do Jornal Folha Regional por esta oportunidade.

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