O baixo volume de boi gordo disponível no mercado tem feito os frigoríficos trabalharem em escalas diferenciadas para cumprir contratos e manter suas plantas funcionando. Em Mato Grosso , a redução na capacidade de abate chega a 20% e as empresas seguem reajustando-se, para não perder mercado.
De acordo com o Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), 80% dos trabalhos são mantidos, enquanto o restante permanece oscioso. Para o presidente Luis Antônio de Freitas Martins, o cenário reflete em uma maior disputa comercial das empresas. “Isto gera uma disputa comercial maior, e, beneficia o produtor. Ocasiona preços melhores aos pecuaristas”, declarou ao Só Notícias/Agronotícias. Mato Grosso possui atualmente, conforme o sindicato, 33 frigoríficos.
Desde janeiro o número de bovinos abatidos com inspeção federal tem variado. No primeiro mês do ano foram 332.991 animais. Em fevereiro, reduziu a 289.802. Em março, contabilizou 277.449 mil. Em abril, subiu a 313.707. A tendência, segundo Freitas, é que a oferta limitada permaneça nos próximos anos. “Até que haja aparição deste boi, é no mínimo três anos”, salientou ao Agronotícias.
A cotação da commoditie tem acumulado alta no Estado. Somente de janeiro a maio, foram 20%, conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea).
Um dos grupos mais expressivos do Centro-Oeste, com frigoríficos instalados em Sinop, Matupá, Nova Canaã, Ji Paraná (RO) e Iguatemim (MS), deixou de abater cerca de 1,2 mil animais/dia, da capacidade de 6 mil.
O diretor Rodrigo Aguiar explica que a empresa tem buscado novas alternativas durante o período. "A cadeia da pecuária passa por uma diminuição e isto é um ciclo. Esperamos passar por este momento", citou. Mesmo com diminuição no volume, não houve a necessidade de demissão, explica o responsável. Na planta de Sinop, salienta Aguiar, de 700 passaram a abater 550 animais.
Em Mato Grosso , ano passado, foram abatidos 4.483.485 bovinos. Em 2006, somou 4.597.695.
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