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segunda-feira, novembro 25, 2024

Aterrissagem da aeronave Brasil

Em matéria publicada por essa editoria no início do ano abordamos o vôo da “Aeronave Brasil” rumo a 2008.
Então, comentamos que a decolagem da aeronave ocorreu , efetivamente, no quarto trimestre de 2007, quando p PIB brasileiro atingiu seu mais alto nível em mais de 50 anos, encerrando três décadas de crises econômicas
Voando quase todo o ano em”céu de brigadeiro” o comandante Lula, com o seu co-piloto Mantega e seu navegador Meirelles já se aproximava dos procedimentos de aterrissagem quando surgiram, no seu horizonte nuvens do tipo nimbus, ameaçadoras de tempestades.
Na verdade o temporal que ainda ameaça o mundo vem das procelas que têm assolado a economia americana cujos reflexos se estenderam à União Européia e ao Oriente. Não obstante a ameaça, tanto o navegador quanto o co-piloto da nossa aeronave corrigiram o rumo a o piloto aterrissou sem percalços.
Em terra, no entanto, o Presidente e sua equipe, com uma economia bem estruturada que, diga-se de passagem, desde o início ,vinha mantendo uma linha conservadora, herança do seu antecessor, não afrontou percalços maiores para permitir desvios de rumo ao taxiar a aeronave.
Com folga nos cofres da nação, o presidente Lula atendeu aos reclamos das classes produtoras em todos os seus segmentos, desde o bancário ao agronegócio, passando pelo comércio e indústria e os vem socorrendo com a abertura de linhas de crédito, incluindo-se crédito especial para a agricultura no centro oeste.
O Presidente Lula, em freqüentes discursos, vem incentivando o consumo e ao fazê-lo, tem como tema principal a assertiva de que “o mundo aprendeu a respeitar o Brasil e o Brasil confia nos brasileiros” Na verdade, na visão do Presidente, e ele está certo, o consumo estimula a produção e, consequentemente assegura o emprego e o maio circulante.
Entretanto, a face mais desastrosa da crise econômica mundial é, com certeza, o desemprego. Dados da revista IstoÉ dão conta que na União Européia têm ocorrido cerca de dez mil demissões/dia. Nos Estados Unidos o número de desempregados bate na casa de um milhão de pessoas, só nesse ano.
Esse fantasma do desemprego, qual espada de Dâmocles, paira sobre a cabeça da nossa classe trabalhadora. Só a Vale, na semana passada, anunciou 1,3 mil demissões e 125 mil pessoas estão em férias coletivas, principalmente na indústria automotiva e sem a garantia de retorno ao trabalho ao final das férias: a previsão de cortes na região do ABC é da ordem de oito mil postos de trabalho. Aliás, diga-se de passagem, em nossa cidade empresas, tanto de grande como de médio porte,cuja atividade está ligada à agricultura, demitiram e deram férias coletivas, por conta da queda de produção.
A bem da verdade, diga-se, o “governo vai utilizar todos os instrumentos possíveis para manter o nível de emprego” na afirmação da Ministra Dilma Rousseff. E é bom não esquecer que a Ministra Dilma “sabe das coisas” em questão de política nacional. “Há até quem diga que ela sabe até mais do que o próprio presidente.”
Não bastasse esse fantasma da crise que, de certo modo, tolda o céu brasileiro, embora ainda esteja em melhor situação do que outros países, mercê, principalmente, das nossas reservas cambiais, com as quais o Banco Central tem feito intervenções no mercado nos momentos que lhe parecem oportuno, se abateu sobre a região sul o flagelo do mau tempo com as inundações em Sta. Catarina que deixaram mais de uma centena de mortos e um contingente de feridos ainda não totalmente contabilizado, além de inúmeros desabrigados.O governo vem cumprindo, e bem, a sua parte. A sociedade civil se mobilizou e de todas as partes do Brasil chegam às regiões atingidas donativos para socorrer os desabrigados, ou pelo menos minimizar-lhe os sofrimentos.
Gostaríamos de abordar, também, como altamente positivo nesse ano, o empenho do ministério do Meio-Ambiente, na pessoa do min. Minc , principalmente com o “Plano de Política Nacional de Mudanças Climáticas” que, na 14ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática, encerada na Polônia no último dia 14, mereceu elogios unânimes como o melhor plano, para substituir o “Protocolo de Kioto”… Ponto para o Brasil, nesse encerramento de ano. Voltaremos a esse assunto em momento oportuno.
Deixando os comandos da “Aeronave Brasil” ao seu co-piloto e ao seu navegador, o Presidente vem demonstrando perfeito equilíbrio e coordenação sobre a prancha com a qual surfa, desenvolto sobre as marés turbulentas da economia mundial.
J.V.Rodrigues

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