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sábado, novembro 23, 2024

Até quando será assim?

“O atual grupo político que comanda a república há 12 anos e se gaba de ser o defensor da pobreza, acaba tendo nos números deste artigo evidenciado que na verdade adota uma política de passar a mão na cabeça dos poderosos, assim como era com os antecessores, faz sim uma distribuição de renda pela mão dos miseráveis, mas acima de tudo implantou um modelo administrativo para tirar da classe média todas as energias e recursos necessários para rodar a engrenagem da nação”

“O valor pago pelos brasileiros em impostos federais, estaduais e municipais desde o início do ano alcançou R$ 1,1 trilhão na última quinta-feira (4), por volta das 3h30, segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Neste ano, o valor chega 20 dias antes do que em 2013, indicando aumento da carga tributária”. Este é um trecho de uma matéria do portal G1 que foi veiculada na última semana demonstrando o quando o brasileiro é sugado, massacrado e impedido de ter uma maior qualidade de vida pela mão grande da carga tributária. O detalhe é que, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, mais da metade do contribuinte passa seus impostos direitinho. Ficando para a classe média o maior índice de adimplência.
De acordo com levantamento do respeitado instituto Price water house Coopers (PWC), feito com exclusividade para a BBC Brasil, o imposto de renda cobrado da classe média alta e dos ricos no Brasil é menor que o praticado na grande maioria dos países do G20 – grupo que reúne as 19 nações de maior economia do mundo mais a União Europeia.
Nas duas maiores faixas de renda analisadas, o Brasil é o terceiro país de menor alíquota. O contribuinte brasileiro que ganha mensalmente, por exemplo, cerca de R$ 50 mil fica com 74% desse valor após descontar o imposto. Na média dos 19 países, o que resta após o pagamento do imposto é 67,5%. Mas isto não reflete em nada a vida da classe média, que tem que trabalhar quase meio ano para abater seus tributos, ou seja, 50% dos seus esforços são revertidos aos cofres do Governo Federal.
Todo este panorama nos dá a certeza que o Brasil continua sendo um país onde a elite dá as cartas. Banqueiros então, são isentos de várias taxas e tem no Brasil um paraíso para ficarem trilionários com o Estado como seu principal aliado. O atual grupo político que comanda a república há 12 anos e se gaba de ser o defensor da pobreza, acaba tendo nos números deste artigo evidenciado que na verdade adota uma política de passar a mão na cabeça dos poderosos, assim como era com os antecessores, faz sim uma distribuição de renda pela mão dos miseráveis, mas acima de tudo implantou um modelo administrativo para tirar da classe média todas as energias e recursos necessários para rodar a engrenagem da nação.
De todos os que falam, replicam e treplicam nos debates televisivos a única a citar os superpoderes de banqueiros, por exemplo, é a candidata do PSOL, Luciana Genro. Segundo alguns analistas, ela é a única a fazer isto porque talvez ali em toda a bancada de presidenciáveis seja a única a dirigir uma campanha que não seja financiada pelos donos das principais instituições financeiras do país. Não se quer dizer aqui que talvez ela seja a melhor opção para assumir a nação. A candidata se mostra extremista demais em alguns dos assuntos que aborda e poderia ser uma bomba atômica em forma de presidente, já que governaria um país tão miscigenado. Mas a coragem dela de dizer na frente dos outros candidatos que todos eles são cordeirinhos da elite é louvável, até porque realmente o são.
Dos cinco paises no mundo que conseguem pagar mais impostos no mundo que o Brasil três deles estão entre as principais superpotências econômicas do planeta como Emirados Árabes, Japão e Estados Unidos. E em um outro estudo mais aprofundado, os institutos econômicos de pesquisa internacional e nacional como o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) realizaram a emissão do documento “Estudo sobre Carga Tributária/PIB X IDH”. Neste material está evidenciado um levantamento entre as 30 principais nações no quesito carga tributária e o seu retorno à população para saber quais delas conseguiam usar da arrecadação para ter políticas públicas que pudessem alavancar o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH da população e o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (Irbes). Os dados colhidos para a análise científica foram colhidos junto ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O resultado não poderia ser outro: Brasil, que arrecadou R$ 1,5 trilhão de impostos em 2012, R$1,7 em 2013 e caminha para bater seu recorde em 2014 é o que menos retorna. Veja abaixo a lista da relação arrecadação/retorno.

1º) Austrália – 2º) Estados Unidos – 3º) Coréia do Sul – 4º) Japão – 5º) Irlanda – 6º) Suíça – 7º) Canadá – 8º) Nova Zelândia – 9º) Grécia – 10º) Eslováquia – 11º) Israel –
12º) Espanha – 13º) Uruguai – 14º) Alemanha – 15º) Islândia – 16º) Argentina
17º) República Tcheca – 18º) Reino Unido – 19º) Eslovênia – 20º) Luxemburgo
21º) Noruega – 22º) Áustria- 23º) Finlândia – 24º) Suécia – 25º) Dinamarca
26º) França – 27º) Hungria – 28º) Bélgica – 29º) Itália – 30º) Brasil

O PIB do Uruguai é menor que do estado de São Paulo e mesmo assim ele consegue reverter mais políticas públicas de qualidade a sua população que o Brasil todo. É ou não é uma vergonha?
Da Redação

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