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domingo, novembro 24, 2024

ARI TORREMOCHA FIM – Empresário pioneiro e incentivador no desenvolvimento do setor ruralista em Rondonópolis

Nascido na cidade paulista de Guarantã, localizada no noroeste do Estado de São Paulo, Ari fala sobre a sua trajetória de vida até conhecer e se fixar em Rondonópolis. A sua família de tradição ruralista sempre se empenhou no setor produtivo especificamente na lavoura de café.
Jornal Folha Regional; Como era o trabalho na fazenda, desse período ficaram muitas lembranças?
Ari Torremocha: Toda a nossa vida em São Paulo, foi dedicada a plantação de café, a grande vocação da família sempre foi na área rural. Os meus irmãos Itamar, Sinval, Maria da Glória, Graça e Francisco, ajudaram no desenvolvimento, e no progresso do setor produtivo na cidade. Da infância ficaram muitas lembranças, dentre elas a união da família, muitos amigos e colaboradores.
JFR: Como foi a sua saída de Guarantã, após deixar os trabalhos na fazenda?
Ari Torremocha: Eu me casei em Guaratã comecei a trabalhar com transporte rodoviário, conheci muitas regiões do país inclusive Mato Grosso. Fiquei na profissão durante 4 anos comprando e vendendo cereais.
JFR; Em que ano o senhor veio para Rondonópolis definitivamente?
Ari Torremocha: Nós chegamos aqui em 1973, eu e minha esposa Ivone, meus filhos Alberto e Adriana. Alguns anos depois nasceu o meu terceiro filho, o Cesar que é rondonopolitano, esta cidade sempre nos deu muitas alegrias.
JFR: Em 1973 a cidade de Rondonópolis estava começando a tomar impulso para o desenvolvimento, quais eram os pontos mais críticos?
Ari Torremocha: Um dos pontos críticos naquele período era a energia, que chegava através de um gerador. Era interrompida às 22hs, e voltava às 6 da manhã. A água também era racionada tínhamos água 3 vezes por dia, naquela ocasião Rondonópolis tinha ainda poucas casas. O lazer era restrito tinha a AABR e o Rondonópolis Clube.
JFR: No setor empresarial, quem o senhor destacaria como liderança naquele período de início do desenvolvimento da cidade?
Ari Torremocha: Na presidente Kennedy tinha o empresário no ramo de cereais, o João Borges que era uma das maiores lideranças da região, era um grande comércio que dava muitos empregos. O João Baiano pai do Welinton Fagundes, que também comprava e vendia cereais se deu muito bem e era empresário forte na cidade. Empresários de outros ramos de negócio também contribuíram com o desenvolvimento comercial da cidade, todos que lutaram pelo crescimento desta terra tiveram o seu merecimento e o seu lugar ao sol.
JFR: Rondonópolis cresceu, se desenvolveu e evoluiu, qual a sua avaliação pessoal nesse contexto. Como empresário, o senhor aproveitou também a onda de crescimento da cidade?
Ari Torremocha: Rondonópolis sempre teve vocação para o progresso, e graças a Deus também crescemos com a cidade, comprei vários imóveis rurais, aproveitei as oportunidades. Posso dizer que Rondonópolis se desenvolveu pela própria vontade de sua população através de muito trabalho.
JFR: O que representa hoje no meio ruralista o nome do saudoso Adolpho Tadeu Vieira?
Ari Torremocha: Adolpho foi e é uma importantíssima personalidade inesquecível que também de forma pioneira transformou, inovou evoluiu todo o sistema social ruralista, para que hoje nos chegássemos nesse momento da grande festa do agronegócio rondonopolitano, mato-grossense e brasileiro. Quero citar também o nome do companheiro Zeca D´Avila que foi um grande baluarte pelo seu trabalho e dedicação para com a nossa classe ruralista.
JFR: Como o senhor define as fases de desenvolvimento da cidade de Rondon, sabemos que também fundou importantes instituições em Rondonópolis, quais foram?
Ari Torremocha: Rondonópolis teve três grandes fases; Rainha do Algodão, Capital do Arroz e agora a Capital da Soja. Eu sou um dos fundadores do Mercado Triana, participei da construção do Caiçara Tênis Clube, da COPACEL, do SICREDI, sou membro do Sindicato Rural há 30 anos. Nós amamos esta cidade que vimos crescer.
JFR: Antes da última pergunta, desde já agradecemos pela entrevista, pela vossa consideração e atenção. Queremos destacar a sua liderança como membro do Sindicato Rural de Rondonópolis, e em especial na coordenação da 28ª. Cavalgada na 42ª. Exposul, quem pode participar e o que não é permitido trazer para o evento neste ano.
Ari Torremocha: Podem participar jovens com 12 anos de idade acompanhados dos pais, não é permitido o uso de bebidas alcoólicas, não será permitida a participação de carroças, animais não imunizados, e pessoas sem identificação. O trajeto da 28ª. Cavalgada este ano terá mudanças; Saída dos altos da Fernando Correia, Centro da cidade com destino a Lions Internacional, passando em frente ao Rondon Plaza Shopping, terminando no Estádio Luthero Lopes.
Redação: Denis Mares

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