Ministro acusado de corrupção não cumpriu promessas de investimentos em Rondonópolis

O ministro Milton Ribeiro, acusado de montar um esquema de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação, passou por Rondonópolis em setembro do ano passado e não deixou boas lembranças. Trazido pelo senador Wellington Fagundes (PL), ele participou de um evento na sede da UFR e prometeu encaminhar várias solicitações apresentadas por lideranças locais.
Na época, Milton Ribeiro chegou a conversar com o prefeito José Carlos do Pátio que apresentou uma série de reivindicações. Dentre elas destacam-se o pedido de ampliação de vagas de residência médica para o curso de medicina da UFR; financiamento para o internato de médicos residentes do curso de medicina; o aumento do número de vagas para o curso de medicina da UFR e a criação de um vestibular extra para atender à demanda de alunos da cidade e região.
O prefeito também pediu ajuda ao ministro para a liberação de recursos para construir pelo menos mais 20 creches na cidade. O Ministro Milton Ribeiro ouviu os pleitos e prometeu avaliar alguns deles. “Eu me comprometo aqui prefeito, em fazer o que for possível para atender essa sua demanda quanto as creches”, disse o ministro.
Não há notícias de que tenha havido pedido de propinas para as autoridades locais, porém seis meses depois nenhum dos pedidos foi atendido. “Não houve nada de concreto, ficou só nas promessas”, disse uma fonte ouvida pela reportagem.
DENÚNCIAS
Desde a semana passada Milton Ribeiro tem sido alvo de uma série de reportagens na imprensa nacional apontando o direcionamento de recursos para municípios. Ontem o jornal ‘Folha de São Paulo’ divulgou reportagem apontando que aliados do ministro chegaram a pedir um quilo de ouro para liberar recursos a uma prefeitura do Maranhão.
Após as denúncias vários parlamentares solicitaram a abertura de investigações sobre a conduta do ministro. A rejeição alcança até a bancada evangélica no Congresso, que também cobra explicações.
Da Redação – Eduardo Ramos