A vitória em segundo turno foi de Aécio Neves (PSDB) em Rondonópolis, mas Dilma Rousseff (PT) cresceu sua votação em Rondonópolis se comparadas as eleições de 2010 e 2014. Enquanto que no pleito em que a petista substituía Luis Inácio Lula da Silva (PT) a votação alcançada em segundo turno, na vitória sobre José Serra (PSDB), foi de 45.502. Desta vez o montante passou de 50 mil eleitores e os rondonopolitanos levaram exatos 51.420 votos a presidente reeleita.
Se comparados os dois turnos de 2014, onde Dilma venceu no primeiro na cidade mais importante da região sul de Mato Grosso, e perdeu no segundo, mesmo assim o quadro foi de crescimento. Em 5 de outubro a candidata do PT teve redondos 41 mil votos e viu os números subirem 11.420 votos no dia 26 de outubro, o que mostra que os mais de 19 mil votos de Marina Silva (PSB) acabaram se dividindo na cidade entre Aécio e Rousseff.
Em relação ao estado todo, a derrota da presidente reeleita foi mais acachapante. O candidato tucano teve pouco mais de 44% da preferência no primeiro turno, com 693.251 votos contra 616.265 da petista, o que representa pouco mais de 39% do eleitorado total. Já no segundo turno, a diferença entre os dois abriu um pouco, com Aécio conseguindo 864.999 votos e 54,67% da preferência e Dilma 717.230 eleitores que votaram nela nas urnas.
As principais explicações para o triunfo do tucano foram os apoios de grande parte do agronegócio que se fez ativo nesta campanha e das figuras do governador eleito Pedro Taques (PDT), que se manteve contra a cúpula nacional do seu partido que apoiava Dilma, e do deputado federal Nilson Leitão (PSDB), reeleito em 5 de outubro como o mais votado do estado.
Do lado da petista, apesar de ter a simpatia e a preferência de Blairo Maggi (PR), Dilma não teve o senador republicano ativamente fazendo campanha junto a seus aliados por sua reeleição, ficando todo o peso de carregar a campanha petista no estado nos ombros do senador eleito Wellington Fagundes. Visualmente falando, em carros e adesivos, a exceção da capital Cuiabá, a campanha de Dilma praticamente não existiu em solo mato-grossense, especialmente se comparada a onda azul de Neves.
Da Redação