Natural de Camucim no Estado do Ceará, o seu pai Venâncio Lopes do Prado passou por dois casamentos e a família era bem numerosa. Sua mãe Eunice Pessoa Prado era muito dedicada a família, e muito contribui para o desenvolvimento de todos.
Jornal Folha Regional: Quais as lembranças que mais marcaram a sua infância?
Antônio: Primeiramente, eu nasci em Camucim, mas fui criado na então pequena vizinha cidade de Martinópole. Comecei a trabalhar com 8 anos de idade na fábrica de chapéu que havia na cidade. Meu pai havia falecido por isso eu comecei a trabalhar com pouca idade. Desde cedo tivemos uma infância com a responsabilidade do trabalho. Mesmo com a família numerosa meus pais atendiam as necessidades de todos, e assim todos nós fomos nos preparando para a vida. As minhas melhores lembranças vem de um campinho de futebol que nós improvisamos numa praça próximo a minha casa.
JFR: Falando ainda dos familiares, quando você fala em família numerosa quais são esses números?
Antônio: Meu pai teve dois casamentos no primeiro teve 13 filhos no segundo 14, apesar de morarmos próximos a zona rural nunca exerceu função agrícola, ele era funcionário da rede ferroviária “Rede Viação Ceará.”
JFR: Como foi a sua trajetória de vida a partir de Martinópole?
Antônio: Eu fiquei em Martinópole até os 16 anos de idade, depois fui para a cidade de Sobral também no Estado do Ceará, onde trabalhei por algum tempo num pequeno comercio de cereais. Permaneci em Sobral até 1964 e posteriormente mudei para Crateus onde trabalhava no comércio de confecções até 1965.
JFR: Qual foi a importância do seu irmão Manoel Prado na sua caminhada?
Antônio: O meu irmão Manoel já estava aqui no Estado de Mato Grosso, ele chegou em Rondonópolis em 1960, ele precisou retornou ao Ceará em 1966 e eu aproveitei e vim com ele. Mato Grosso sempre foi um estado promissor, e todos visualizavam que aqui teria um grande progresso e seria bom para todos.
JFR: A sua previsão de estado promissor, se concretizou na sua vida particular?
Antônio: Essa terra é maravilhosa, logo que cheguei já comecei a trabalhar, o meu primeiro emprego foi na loja A Vantajosa que pertencia ao avô do prefeito Zé do Pátio, onde trabalhei até o até 1967. Após eu e o Manoel retornamos ao Ceará para passear, rever parentes e amigos, ficamos lá até 1968 e voltamos para Rondonópolis. Nesse meu segundo retorno a Rondonópolis, eu comecei a trabalhar na Casa das Noivas onde permaneci até 1972. No ano de 1970 eu fui designado para gerenciar uma loja Casa das Noivas na cidade de Barra do Garças.
JFR: Você trabalhou também em uma sapataria, fale um pouco sobre aquele período:
Antônio: No ano de 1968 o meu irmão Manoel trabalhava com o Gil Amaral que posteriormente lhe vendeu a loja, era a Sapataria Rondonina muito conhecida dos rondonopolitanos na Av. Mal Rondon onde eu passei a trabalhar. Em maio de 1975 começamos a movimentar a Loja Prado Calçados e Confecções, também na Av. Mal. Rondon. No ano de 2003 encerrei as atividades da loja, hoje me aposentei e estou cuidando da família.
JFR: Qual a importância da família nessa sua trajetória?
Antônio: A família é o mais valioso laço de amizade que uma pessoa pode ter, os apoios as entre ajudas são fundamentais para o desenvolvimento do ser humano. Eu sou casado com Maria das Graças, que também é cearense da cidade de Martinópole. Temos 3 filhos, Venâncio, Elaine e Silvana e duas netas Valentina e Antonela.
JFR: Deixe uma mensagem aos jovens que lutam no dia a dia e querem vencer na vida?
Antônio: O caminho mais certo para o sucesso e para a realização pessoal é o da educação, um país só se desenvolve com o seu povo totalmente inseridos nos requisitos da educação.
JFR: Agradecendo a você Antônio, encerrando esta entrevista, eu pergunto a quem você gostaria de agradecer?
Antônio: Eu quero agradecer a todos os rondonopolitanos que nos ajudaram, essa gente maravilhosa, a minha família e em especial ao meu irmão Manoel Prado.