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domingo, novembro 24, 2024

Anseios pela liberdade

A região árabe na costa do mar Mediterrãneo, de algumas semanas para cá, vem se projetando para o resto do mundo em um processo de ebulição política. O povo àrabe, cansado dos regimes opressivos característicos daquela região, vem demonstrando o seu anseio de liberdade democrática, a sua luta por dias melhores com liberdade de expressão, liberdade de ir e vir, respeito aos sagrados direitos de cidadania.
O movimento que começou pelo Egito e que afastou do poder o “o poderoso” Hosni Mubarack, tomou vulto e se propagou pelo mundo árabe adjacente ao Egito com a força de um virus, no caso, o virus da liberdade. Na verdade, um ser invisível que se dissemina, espalhando o seu contágio,em uma saudável pandemia que desconhece fronteiras e que se propaga incontrolável pelo costa árabe do Mediterrâneo.
Por onde passa esse virus da liberdade provoca a “febre da esperança” que se traduz na ânsia da democracia, a histeria coletiva pelos direitos a cidadania. Atacados por esse virus os títeres daqueles paises tremem em suas bases e tem suas defesas orgânicas enfraquecidas e debilitados pela carência de forças levando suas ditaduras a óbito.
Os movimentos de luta pela democracia levam as nações a renascer e fortalecidas em sua nova gestação, podem crescer alimentando-se do respeito aos desígnios de seus cidadãos e da alternância no poder. Livram-se, assim dos “parasitas oportunistras”, libertam-se das forças opressoras.
Nas palavras do jornalista Luiz /Fernando Sá “a liberdade é um vírus do bem, de poder transformador. Mas esse vírus, ao mesmo tempo, é frágil, efêmero, vulnerável a antídotos que a humanidade aperfeiçoou ao longo dos séculos. Repressão, violência, censura, combinadas com doses de cinismo e interesses econômicos e políticos, podem inibir seus efeitos por longos períodos.”
Mas o virus da liberdade permanece incubado, como que em um processo de hibernação até o momento em que o sistema imunológico das ditaduras sofre um processo de enfraquecimento e deixa espaço para uma nova epidemia de liberdade. Essa liberdade como que desperta de um sono letárgico, cresce, toma vulto, age, se propaga quse que um rastilho de pólvora, provocando incêncios por onde passa. E é exatamente esse o quadro que se delineia no mundo árabe.
Não se pode mais esperar, no mundo não há espaço tolerante para a presença de tiranos no poder. A nova epidemia da liberdade é prova de que, tanto quanto comer e trabalhar, ser ouvido é uma necessidade básica do ser humano nessa era da comunicação. A dinâmica dos tempos modernos, a dinâmica da globalização está a despertar a consciência do quanto se pode alcançar com democracia e desenvovimento e de que esses valores são compatíveis com qualquer situação.
Vale lembrar que o mundo livre, o mundo democrático vem dando provas da sua maturidade política, tomando posições firmes de apoio aos movimentos no mundo árabe, primando pela são consciência democrática, pelo bom senso, pela força advinda da própria liberdade política. O presidente Obama,consciente de que no mundo atual não existe mais espaço para guerras, consciente da influência hegemônica de que ainda gozam os Estados Unidos no contexto mundial, vem tomando posições firmes e diplomáticas que envolvem a ONU e a Comunidade Europeia e está a demonstrar aos ditos “poderosos” daquela conturbada região que o mundo os repudia, que o mundo está disposto a lançar mão de sanções no campo da economia, para demonstrar-lhe que a liberdade democrática é uma verdadeira força invisivel capaz de mover a grande massa popular que não teme as baionetas ou os fuzis daqueles que pretendem cercear-lhes a liberdade.
Que o contágio do que está a acontecer nos paises árabes continue e chegue a outras áreas do globo em que o vírus da liberdade democrática ainda está latente.
J.V.Rodrigues

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