Na semana passada este jornal estampou em sua manchete o fato que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, aprovou o projeto de Lei que proíbe o uso de telefone celular e outros dispositivos eletrônicos, com telas digitais, pelos estudantes nas salas de aula de Mato Grosso.
Os aparelhos deverão ser guardados desligados ou colocados no modo silencioso, na mochila de cada um dos estudantes. O acesso só será permitido fora do horário das disciplinas.
Pela lei aprovada, os únicos dispositivos eletrônicos autorizados em sala de aula serão aqueles fornecidos pela própria Seduc, como notebooks, Chromebooks e smart TVs, que serão utilizados como ferramentas pedagógicas, sempre sob a supervisão do professor.
Vale ressaltar que a medida para ter validade ainda precisa passar por uma segunda votação e ser sancionada pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.
“Nós estamos trabalhando para melhorar a qualidade da educação em Mato Grosso, e essa medida é mais um passo importante nesse sentido. Sempre pensando no aprendizado do aluno e no seu desempenho em sala de aula”, afirmou o governador.
O governador relatou que uma pesquisa contratada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) revelou apoio majoritário dos pais à medida.
“Após uma pesquisa com mais de 1 mil pais de alunos da rede pública, 86% deles se mostraram favoráveis à proibição. Nós acreditamos que o uso de celulares em sala de aula tem tirado a atenção dos alunos e prejudicado o desempenho deles, e essa medida visa garantir um ambiente mais propício ao aprendizado”, destacou.
A medida é uma prática que está virando tendência nacional, outros estados já aprovaram propostas semelhantes e circula no Congresso Nacional um projeto semelhante, que proíbe o celular em todos ambientes escolares, inclusive no privado.
Esse tipo de matéria inicialmente gera polêmica, mas depois a própria população reconhece os benefícios delas.
Um exemplo, foi na década passada, quando foi aprovada uma Lei que proibia o cigarro em bares, restaurantes e congêneres.
Pois bem, após uma grande reclamação de fumantes e de donos de restaurantes, o projeto foi mantido e hoje reconhece-se que a proposta foi importante e mudou a forma da sociedade encarar o cigarro.
No caso do celular algo precisaria ser feito, pois claramente a ferramenta está mudando a relação dos jovens com o aprendizado e em muitas vezes influenciando no aprendizado dos nossos alunos.
O fato é que ainda não há um papel definido do aparelho celular na educação e isso precisa ser estudado com mais profundidade.
Portanto, enquanto não há solução, não deixa de ser prudente, o projeto que está na pauta da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
O remédio é amargo, mas tudo indica que vai ser eficaz e vai ajudar na formação dos nossos jovens .
Fonte: Da Redação