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sexta-feira, novembro 29, 2024

Aluna do IFMT-Campus Tangará da Serra é aprovada em três universidades dos Estados Unidos da América, mas decide ir para UFSC

A estudante do curso técnico integrado em Manutenção e Suporte em Informática do IFMT-Campus Tangará da Serra, Luana Aparecida Gomes, 17 anos, foi aprovada em três universidades dos Estados Unidos da América (University of Evansville, Seton Hall University e University Bridgeport) e pelo SISU como cotista na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Campus Joinville para o curso de Engenharia Mecatrônica. Ele estudou todo o ensino fundamental e médio em escola pública, no IFMT, ela entrou no primeiro ano do ensino médio.
Mesmo com a aprovação nas universidades norte-americanas, Luana Gomes, decidiu pela UFSC, por conta que as universidades americanas não oferecem bolsa de 100%.
Ela comentou que escolheu mecatrônica porque gosta de exatas. “A princípio eu queria fazer engenharia mecânica. Eu passei para esse curso também, mas preferi optar pela mecatrônica, porque além da parte da mecânica aborda a parte de informática que eu gostei muito quando estudei no IFMT. Para mim o curso técnico integrado de Manutenção e Suporte em Informática atendeu as minhas necessidades”.
O diretor geral do Campus Tangará da Serra, Gilcélio Luiz Peres, destacou que ver o bom desempenho da estudante Luana é a confirmação de que as instituições públicas são merecedoras de confiança e de mais investimentos para se consolidarem como uma ferramenta de oportunidades, principalmente para a população mais carente.
"A Luana é inspiração para os estudantes, porque deixa claro que dedicação e saber aproveitar as oportunidades são o caminho para alcançar o sucesso. Ao mesmo tempo, ela inspira a nós, educadores, na medida em que vemos suas conquistas o resultado do nosso trabalho", disse orgulhoso o diretor-geral.
Sobre como ficou sabendo da seleção para as universidades americanas, Luana Gomes explicou que soube da possibilidade de estudar fora através da palestra do Escritório Education USA, no IV Workif (Worshop de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação do IFMT) que ocorreu em Cuiabá, no ano de 2016.
Luana Gomes conta que durante a palestra percebeu que tinha o perfil solicitado, "senão fosse pelo IFMT, eu nem teria ficado sabendo”. Depois de participar do Workif em 2016, ela começou a se preparar para seleção em universidades norte-americanas. Ela se inscreveu em oito universidades, foi aprovada em três, uma foi rejeitada e outras quatro ainda não receberam retorno. Ela contou que teve o apoio da instituição no momento de redigir as cartas de recomendação.
“As minhas atividades extracurriculares, praticamente todas, estão relacionadas ao IF, seja através da participação em feira científica, como no time de Xadrez do IFMT. Eu participei dos Jogos do Instituto Federal de Mato Grosso (JIFMT) nos anos de 2016 (sediado no Campus Tangará da Serra) e 2017 (sediado no Campus Sorriso) representando meu campus. Todas essas coisas contam numa seleção nos Estados Unidos da América. Além disso, fazer parte de um projeto de extensão, ser bolsista e estar na liderança desse projeto contam mais ainda. Essas atividades são muito bem vistas aos olhos das universidades dos Estados Unidos, e certamente foram essas qualidades que me fizeram ser aceita em três delas”, conta Luana Gomes.
A estudante do IFMT afirmou que tem a certeza que se tivesse tido uma nota melhor no TOEFL teria sido selecionada para universidades maiores que era a meta inicial dela, como Harvard, Santford e Yale, que tem mais oportunidades de oferecer bolsas 100%. “Eu precisava tirar 100 no TOEFL e tirei 81. Se eu tivesse tirado uma nota maior, juntamente com as atividades extracurriculares que eu tenho, teria a aceitação numa dessas universidades. A partir do resultado da prova de proficiência, tive que optar por universidades menores. Isso me fez perder a vontade de estudar fora”, relembra.
Ao ser questionada sobre a escolha na UFSC, ela destaca que esteve o ano inteiro dedicado na seleção das universidades dos EUA. “Eu não parei para estudar ao Enem, em nenhum momento. Eu ter tirado 690 de média, não é baixo, mas não é a melhor nota de todas. Se eu não tivesse tido professores que se dedicassem tanto em suas aulas, preparassem com tanta eficácia, não tivesse tido laboratórios, biblioteca, livros, dentro do Instituto Federal, certamente a minha aprovação no Brasil não teria se dado dessa forma. Talvez não tivesse tido essa nota”, conta a estudante.
Sobre o futuro, Luana falou que irá estudar no Brasil, mas que permanece com sua meta de estudar em uma das universidades dos EUA de seu sonho, seja numa especialização, mestrado ou até doutorado. “A vontade de estudar no exterior ou até mesmo trabalhando lá continua presente. Eu observei que a UFSC tem várias oportunidades de intercâmbio, talvez durante a graduação eu consiga participar de algum programa”, conta animada.

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