POLÍTICA

Acusada de participar de desvio de R$ 8 milhões no MT, mulher de Silval Barbosa é presa pelo Gaeco em SP

A ex-primeira-dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, esposa de Silval Barbosa (PMDB), foi presa nos últimos dias em São Paulo. Três agentes do Gaeco de Mato Grosso, com a ajuda de colegas do Gaeco paulista, realizaram a prisão.

O Gaeco, órgão do Ministério Público Estadual (MPE), denunciou, em março passado, Roseli e mais 31 pessoas de participação no suposto esquema, que teria desviado R$ 8 milhões por meio de contratos fraudulentos da da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social), durante o período em a ex-primeira dama comandou a pasta.

Segundo informações preliminares, no ato da prisão, ela estaria em companhia do ex-governador. Ambos estavam em um apartamento, em um bairro nobre da Capital paulista. Logo após ser detida, a ex-primeira-dama foi encaminhada a uma delegacia na região.

Além dela, foram presos, em Cuiabá, Nilson da Costa e Faria, Rodrigo de Marchi e Silvio Cezar Correa Araújo, este último ex-chefe de Gabinete do ex-governador Silval Barbosa. Além das prisões, também foi decretado o seqüestro judicial de inúmeros bens imóveis.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Selma Arruda, da Vara de Combate ao Crime Organizado em Cuiabá.

Investigação

A fraude investigada pelo MPE, que chegou até Roseli, foi batizada de “Operação Arqueiro”. O esquema teria acontecido entre 2012 e 2013. O esquema se resumiria em a Setas ter contratado empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros através do uso e “laranjas”.

As investigações começaram após a divulgação de erros grotescos em apostilas que estavam sendo utilizadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo promovido pela Setas. Nesta semana, mais três viraram réus na ação: a advogada Heliza Rocha Gomes Duarte; o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cézar Corrêa Araújo; e o empresário Lídio Moreira dos Santos.

Delação

A prisão de Roseli Barbosa teve como base a o conteúdo da delação premiada feita pelo empresário Paulo Lemes, dono de três institutos que prestavam serviços na Setas. Ele foi acusado de ser o "chefe da quadrilha" pelo Gaeco e resolveu partir para a delação para obter benefícios da Justiça.

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