Após o Município conseguir trazer para Rondonópolis o programa do Governo federal ‘Crack, é possível vencer’, as primeiras ações já estão em andamento. O programa envolve a instalação do Centro Pop, que já está em funcionamento desde julho de 2014, a construção e implantação do Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas – Caps – AD III, unidade de acolhimento adulto, e capacitação para professores e agentes comunitárias de saúde e técnicos em enfermagem, de professores e de policiais, além de todo um aparato para a área de segurança e um consultório na rua.
Segundo a secretária Municipal de Saúde, Marildes Ferreira, a construção do Caps AD III já está em andamento, bem como da unidade de acolhimento adulto. A empresa licitada para a obra já realizou a terraplanagem do terreno e começou a colocar as primeiras estacas. “Para a construção do Caps AD III e da unidade de acolhimento adulto, o convênio prevê um custo de R$ 1,5 milhão e já obtivemos também os recursos para a implantação que é de R$ 150 mil para o Caps AD III e R$ 70 mil para a unidade de acolhimento”, explica.
O Caps AD III contará com 12 leitos de observação para dependentes químicos e a unidade de acolhimento adulto terá 15 camas. De acordo com a gerente do programa de Saúde Mental e coordenadora do comitê gestor de enfrentamento ao crack e ponto focal do programa ‘Crack, é possível vencer’, Rhafaela Marques Monteiro Salgado, a unidade de acolhimento adulto receberá pessoas que não têm para onde ir e desejam tratamento pelo Caps AD III.
No local será permitida a permanência por três meses, prorrogável por mais três. “É uma unidade rotativa para quem não tem onde morar e é regulado pelo Caps AD III”, destaca. Além disso, serão instalados dois leitos psiquiátricos no Pronto Atendimento Municipal – PA.
Já as capacitações estão em andamento. São mais de 500 agentes comunitárias de saúde e técnicos em enfermagem que estão sendo capacitados para a prevenção e identificação dos casos de abuso de álcool e outras drogas. Foram capacitadas em 2014 cinco turmas e neste ano, até fevereiro, serão capacitadas mais três turmas.
Para a secretária, o problema das drogas “é nosso, da saúde, da segurança, da comunidade em geral e temos que assumir nossos problemas com um cuidado integral aos nossos pacientes. Eles precisam ser identificados e acompanhados para que vençam o problema com as drogas”, ressaltou Marildes, que complementou, que é por meio do programa que isto será possível de ser enfrentado.
Na área de prevenção, professores da rede de educação do município também recebem capacitação para trabalharem com a prevenção já em sala de aula e ainda identificarem possíveis casos de abuso de álcool e outras drogas. Estes profissionais também já estão sendo capacitados.
Dentro do programa ‘Crack, é possível vencer’ também é incluído o trabalho desenvolvido pelo Centro Pop, que atualmente atende pessoas em situação de rua, identificando os dependentes químicos para encaminhá-los para tratamento e desenvolvendo ações de reinserção social das pessoas que vivem nas ruas da cidade. Em funcionamento desde julho de 2014, o Centro Pop atende mais de 90 pessoas por mês, que no local, podem passar o dia e fazer higiene pessoal.
Segurança
Na área de segurança, o programa prevê a vinda para Rondonópolis de uma base móvel de videomonitoramento, mais duas motocicletas, 20 câmeras de vídeo para monitoramento, armas de condutividade elétrica e espargidores. Para atuar na área, 40 profissionais da segurança pública já foram capacitados.
