O eleitor está profundamente preocupado com a atual campanha eleitoral, baseado no pouco que foi visto até agora ou que estamos testemunhando durante esta fase preliminar. O motivo é bastante simples: as propostas, até o momento, têm ficado em segundo, ou até mesmo em terceiro plano. Os três candidatos que estão na disputa têm dito muito pouco, ou quase nada, sobre suas intenções para o processo eleitoral deste ano. Até o momento, o que temos presenciado é uma troca de farpas incessante, com ataques e até xingamentos de um candidato para o outro.
O debate atingiu um nível tão baixo que nos sentimos como se estivéssemos numa arquibancada de estádio de futebol, onde é comum xingar o bandeirinha, o juiz ou até mesmo um jogador que perde um gol. A maioria dos candidatos, quando instigados a falar, se limita a discutir propostas. No entanto, por iniciativa própria, eles preferem atacar seus adversários, apontando defeitos em vez de apresentar aos eleitores o que realmente podem fazer para melhorar suas vidas.
A baixa qualidade desta pré-campanha tem gerado repulsa em muitas pessoas, mesmo sabendo que um dos pré-candidatos será responsável pela gestão da cidade nos próximos quatro anos. O que muitos não percebem é que os ataques não levam a lugar algum, apenas confundem o eleitor, que acaba por escolher não o melhor candidato, mas sim o “menos pior” para administrar Rondonópolis.Na verdade, os pré-candidatos e seus estrategistas de marketing precisam refletir sobre a seguinte frase: “Em briga de anão, quem sai ganhando é a grama que cresce em cima deles”. Isso significa que em algumas disputas, ambos os lados perdem, e um terceiro, que não se envolveu na briga, sai ganhando simplesmente por não ter se desgastado.
Para entender melhor esse contexto, podemos compará-lo a uma eleição onde o vencedor pode triunfar sem apresentar uma única proposta verdadeira e viável, não por seus méritos, mas devido ao baixo nível de seus adversários.
Esse tipo de campanha deixa o eleitor sem nada a exigir no futuro, já que não votou em uma proposta, mas sim na falta delas. A esperança neste momento está no fato de que ainda estamos na fase preliminar da campanha, e os pré-candidatos têm a oportunidade de rever seu comportamento e compreender claramente que é melhor convencer o eleitor com propostas do que atacar os co ncorrentes.Em resumo, resta-nos apenas dizer: “Abaixo o baixo nível”.
Fonte: Da Redação