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quarta-feira, novembro 27, 2024

A volta da privatização

A política de privatização pelo Poder Público em alguns casos pode ser até aceitável, desde que o cidadão, que na verdade é quem paga a conta receba um melhor serviço com preços acessíveis, qualquer situação diferente dessa pode ser classificada como um engodo para o cidadão e algo que não se pode aceitar. O Brasil nas últimas décadas privatizou tudo o que pode, alguns casos realmente a privatização trouxe resultados positivos para a população, outros, no entanto, trouxeram prejuízos tanto para o estado, bem como para o cidadão, o que gerou perdas enormes. Em Mato Grosso, a onda de privatizações das últimas décadas atingiu vários setores, um deles é o da energia elétrica, que deixou de ser comandada pelo Estado e passando para as mãos da iniciativa privada. A transformação da Cemat em uma empresa privada gerou muito desconforto para o cidadão comum, pois até mesmo o acesso à uma religação em muitos casos vira uma novela sem fim, ao estilo de um dramalhão mexicano. Uma prova que a nova onda de privatizações está começando está no Rio de Janeiro, em uma votação na Assembleia os deputados fluminenses votaram a favor da lei que permitirá a privatização da Companhia Estadual de Agua e Esgoto (Cedae), 99,9% pública, o último grande ativo do Estado. A venda é condição inegociável do Governo federal para ajudar financeiramente o Governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB), inadimplente e sem fundos para pagar nem seus servidores. O que chama a atenção é que essa venda tem apenas um motivo, pagar contas geradas pelo próprio Estado, que deveria no mínimo ter previsão de receita para fazer esses débitos e não solta-los nas costas do cidadão. No caso do Rio de Janeiro, a venda da empresa estatal de água não é uma proposta para melhorar os serviços ao cidadão fluminense, pelo visto não é essa expectativa do Governo, o pensamento é somente um; arrecadar para pagar contas. Segundo o jornal espanhol El País: "A companhia, que atende 64 dos 92 municípios do Estado, é considera a última joia da coroa e dá lucro, embora sua eficiência – a coleta de esgoto atende apenas 38,8% da população – seja questionável", o que mostra que o Estado, pode estar abrindo mão de empresa sólida e lucrativa e que bem administrada poderia trazer bônus ao cidadão. Na verdade, o povo fluminense e o brasileiro, devem analisar sempre quais são os objetivos de se vender empresas estatais lucrativas e que cuidam de bens básicos como a água, neste caso, é sempre bom ficarmos sempre alerta, pois no final a futura vem para o pobre, cansado e combalido cidadão de bem.

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