A situação dos bares e restaurantes em Mato Grosso está insustentável

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Além da crise na área da saúde, somam-se graves problemas econômicos e sociais, como aumento substancial do desemprego e da violência. Muitos funcionários do setor de alimentação fora do lar já foram contaminados e, agora curados, eles reivindicam o direito ao trabalho digno parar garantir o atendimento das necessidades básicas de sobrevivência de suas famílias. A busca de soluções para os danos na área da saúde não deve excluir a preocupação e o cuidado com outras áreas.

O estado precisa de receita e o povo precisa de trabalho, liberdade e autonomia para gerar essa renda. Sabemos da impossibilidade dos governos federal, estadual e municipal em garantir emprego para toda a população e essa responsabilidade deve ser dividida com o setor privado, que em nenhum momento se furtou de desempenhar seu papel na garantia da sustentabilidade à sociedade. Empréstimos e prorrogação de impostos são medidas paliativas, que não resolvem, mas adiam o problema de desemprego no estado. Queremos trabalhar com responsabilidade e ser autossuficientes!
Com relação à edição de novos decretos que regulamentam o funcionamento do comércio na pandemia, sugerimos aos gestores que considerem a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos restaurantes, somente para pessoas sentadas, obedecendo ao distanciamento mínimo de um metro e meio (1,5m) entre as mesas. Pedimos também que se intensifique a fiscalização no setor, punindo aqueles que desobedecerem ao decreto e protegendo o direito das empresas que trabalham em consonância com as determinações do poder público. O problema não é a bebida alcoólica e sim a aglomeração.
O apoio do poder público à justa causa, em defesa de mais de 70.000 trabalhadores do setor, é muito importante. Ao contrário do que muitos pensam, os danos causados pelo fechamento permanente dos estabelecimentos comerciais em questão são irreversíveis e extensivos a uma grande cadeia de fornecedores.
 
*Eliseu Freitas