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terça-feira, outubro 8, 2024

A questão do vice

O momento em que vivemos nessa pré-campanha, com cara de campanha prolongada, é de algumas definições. Ao contrário do que vimos nas últimas eleições, esta é tão diferente que, enquanto a definição do vice costumava ocorrer nas convenções, agora está sendo adiantada.

Os pré-candidatos e seus grupos estão antecipando essa decisão, que normalmente é uma das últimas em qualquer disputa séria, para este momento, que ainda é muito prematuro. No entanto, como tudo mudou de forma muito rápida, faz algum sentido essa correria em torno dos nomes para vice deste ou daquele candidato que está se apresentando nesta “pré-disputa”.

Por outro lado, essa escolha não é tão simples assim: tanto é verdade que ela precisa ser feita de forma cuidadosa e minuciosa, sob o risco de prejudicar a escolha do eleitor e colocar alguém sem condições de governar uma cidade do porte e tamanho de Rondonópolis.

A história local mostra que não foram raras as ocasiões em que o vice assumiu a prefeitura. Em 1982, Carlos Bezerra venceu a eleição e elegeu seu vice, o médico Fausto Farias. O vice de Bezerra governou a cidade por dois anos, pois em 1986 Bezerra renunciou à prefeitura para se candidatar a governador do Estado, sendo eleito naquele mesmo ano.

Vale ressaltar que Bezerra foi eleito novamente em 1992 e indicou como vice o então empresário e produtor rural José Rogério Salles. Dois anos depois, Bezerra renunciou novamente, dando espaço ao vice. Salles, com isso, governou a cidade por mais dois anos.

Em 1996, o médico Alberto de Carvalho foi eleito, tendo como vice o então pecuarista e ex-deputado federal Percival Muniz. Alberto acabou renunciando ao mandato em 1998, pressionado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara de Vereadores, abrindo espaço para seu vice, que governou a cidade de 1998 a 2004, sendo reeleito prefeito em 2000.

Esses três casos mostram que não são remotas as chances de um vice ascender ao poder; muito pelo contrário, a chance sempre existe. Essa história de vice decorativo é algo que uma cidade como a nossa não pode aceitar. O vice tem que ser dinâmico e, principalmente, estar preparado para assumir a cidade a qualquer momento.

Portanto, a escolha deve ser pensada e repensada pelos pré-candidatos, e não deve ser tomada de supetão ou em razão de pressão da pré-campanha ou de aliados.

Fonte: Da Redação

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