Nos últimos previsões alarmistas que preconiza o fim dos tempos, ou mais precisamente, do mundo em que vivemos para o próximo dia 21, nos próximos quatro dias estaremos publicando nesse espaço algumas considerações a respeito desse assunto. Alem da matéria de hoje que publicamos em agosto do ano passado quando a população mundial atingiu a casa do seu 7º bilionésimo habitante.
Naquela ocasião, na matéria reproduzida abaixo (atualizada), publicada no jornal . “Folha Regional” fui o primeiro a abordar na imprensa rondonopolitana a questão das Profecias Maias. Após essa matéria que estamos oferecendo hoje aos nossos leitores, publicaremos as sete profecias propriamente ditas e a seguir uma matéria sob o título “Verdade que derruba os mitos” fazendo um histórico das profecias, analisando-as e mostrando os mitos que as envolvem. Para sua leitura, pois, caro leitor a primeira parte da nossa abordagem sobre o assunto:
7º bilionésimo habitante do planeta terra
No dia 1º de agosto de 2011 a terra alcançou a impressionante marca de 7 bilhões de habitantes. Efetivamente, foi uma marca simbólica que, segundo observadores da ONU pode ter ocorrido há menos 15 dias ou viria a ocorrer a mais15 dias. Mas esse detalhe e de somenos. A polêmica é: será esse um acontecimento a se comemorar ou a despertar preocupações daqueles em cuja mãos residem os destinos da humanidade, mas também deverá levar cada um de nós à reflexão.
Entre os povos primitivos do continente americano, viveram os Maias na Amárica Central, predominantemente nas paragens onde hoje está o México. É fato histórico que aquele povo deixou sua memória registrada na pré-história daquela região. Consta que astrônomos maias teriam profetizado em 3.113 a.C. que 5.325 anos mais tarde o sol receberia um intenso raio sincronizado proveniente do centro da galáxia mudando a polaridade solar e produzindo intensa radiação. Ora, se a 3313 a.C. acrescentarmos 5325 chegaremos exatamente a 2012 d.C. O ciclo do “calendário maia” era contado em períodos de 394 anos, enquanto o ciclo do nosso “calendário gregoriano” conta períodos de 12 meses. Pelos cálculos dos estudiosos nesse 21 de dezembro estaria ocorrendo o final de um ciclo daquele calendário. A partir dessa constatação “futurólogos de plantão” teriam associado a essa data o fim dos tempos. Entretanto essa não é uma constatação explícita nas “Profecias Maia”
Consta, na verdade da referida profecia que esses fatos que culminariam em 2012 d C. passariam por sete estágios. No último, os habitantes da terra teriam apenas 13 anos para ações e realizações conscientes para desviar a terra do caminho da destruição. Ora, a dar-se crédito à profecia, esse estágio iniciou-se em 1999. Coincidência ou não, no último ano desse período (2011) a população da terra chega à marca de 7 bilhões de habitantes.
É oportuno recordar que as profecias usam uma linguagem cifrada ou metafórica e não devem ser tomadas à letra, mas sim como uma expressão figurada. Assim a profecia maia não necessariamente significa a destruição do planeta por um choque entre o sol e a terra, ou por um suposto alinhamento interplanetário em que os polos terrestres se inverteriam, movimento de rotação da terra se inverteria e grande catástrofes se abateriam sobre nosso planeta, causando destruição e aniquilamento de consequências imprevisíveis. Tal como “os futurólogos” vêm revendo. Suposição aliás já sobejamente desmentida por astrônomos, astrofísicos e pela própria NASA.
Voltando um pouco na história, vamos encontrar em 1.797 o inglês Thomas Robert Malthus, sacerdote, economista e demógrafo que passou à posteridade pela sua teoria que derivada do seu nome é conhecida por Malthusianismo. Malthus fez previsões sombrias sobre os destinos da humanidade, ao afirmar que a população mundial cresceria em projeção geométrica e a produção de alimentos em projeção matemática. A teoria malthusiana foi reformulada, logo depois da 2ª guerra nos anos 40, pelo “Neomalthusuanismo”. Nos anos 60 surgiu o “ Ecomalthusianismo”. No fundo ambas chegam à mesma conclusão de que o grande problema da humanidade é a fome que, anualmente,nos países pobres, principalmente nos mais carentes do continente africano, ceifa milhares de vidas, princialmente na idade infantil.
Divergindo das as teorias anteriormente citadas, surge a teoria reformista. Seus integrantes atribuem aos países ricos e desenvolvidos a responsabilidade pela intensa exploração imposta aos países pobres ou subdesenvolvidos, resultando em um excessivo crescimento demográfico e pobreza generalizada. Defendem a adoção de reformas socioeconômicas para superar os graves problemas.
Se bem atentarmos aos acontecimentos no período critico da profecia (1999/2011) a terra tem sido castigada por terremotos, maremotos, tsunamis, enchentes , guerras, ações terroristas, catástrofes aéreas e tantos outras mazelas, sem falar da miséria que leva à fome em várias regiões do planeta, incluindo o nosso Brasil. Não obstante as ações governamentais, infelizmente, no Brasil ainda existe fome que, por vezes causas vítimas inocentes.
Some-se a tudo isso que vivemos, atualmente, em um mundo de medo, consumo e materialismo exacerbado. As crises só aumentam, são crises econômicas, políticas e ambientais, e no emaranhado de conflitos, a solução parece cada vez mais utópica.
E, como que a confirmar a teoria malthusiana, a concentração populacional é historicamente desigual quanto ao poder econômico que leva á exploração devastadora de recursos humanos e naturais. Dados divulgados pela ONU, recentemente, revelam que 20% da população mundial consomem 80% dos recursos naturais disponíveis na Terra. Revela ainda ONU que cerca de 1,1 bilhão de pessoas sobrevivem com menos de US$1 por dia, 2,8 bilhões subsistem com menos de US$2 por dia e 1 bilhão de crianças no mundo são vítimas da pobreza e insegurança alimentar.
Esses dados são preocupantes. Há uma crise econômico-financeira a rondar o mundo, principalmente na zona do Euro. É sintomático que os países mais atingidos sejam exatamente a Itália e a Grécia, berços da nossa civilização.
A preocupação com o destino do nosso planeta vem sendo, de há muito, preocupação de governantes e de diversas ONGs. Assim tivemos em 1988 a assinatura do “Protocolo de Kioto. Cujas conclusões foram reforçadas pela “Eco 92”, realizada no Rio de Janeiro e, há poucos meses, pela “Rio+20”. Que propõem entre outros pontos o combate ao desmatamento, à poluição ambiental pelos resíduos tóxicos das indústrias e pelos nossos veículos. Resíduos esses que se volatilizam no espaço causando o efeito estufa, a redução da camada de ozônio, o aumento da temperatura. A “Rio20” chamou a atenção para a responsabilidade dos governantes com o sistema econômico do mundo que, em sua ganância tem esquecido de atentar para as consequências desastrosas para o nosso universo, decorrentes dos fatores físico-químicos produzidos pelo desmatamento e pela poluição ambiental.
Mudanças se impõem à humanidade, mas só serão vistas como imediatas pelos governantes e classes dominantes, quando o povo se conscientizar de seu direito de exigência. Se os Maias estiverem corretos, temos exatamente um ano para que haja uma consciência coletiva a exigir mudanças sociopolíticas e mesmo que não estejam o tempo é curto.
J.V.Rodrigues
Amanhã:resumo das profecias