A Santa Casa é, talvez, o principal hospital público da região, com 50 anos de história, sofre com altos e baixos. Neste período, vimos o Hospital passar por crises que pareciam intermináveis, houve apelos públicos de recursos e até ameaças de fechar as portas. A Santa Casa, nunca foi um local tranquilo, quando se fala de finanças. O famoso cobertor curto, nunca dá para cobrir tudo, por inteiro. No entanto, em meio, às crises e problemas, a unidade de saúde passou por um processo de reestruturação e em partes, muitas das necessidades da unidade foram resolvidas, mas é claro e notório, que a Santa Casa ainda sofre. O Hospital, pelo fato de fazer atendimentos públicos, depende de governos para se manter.
Um pagamento atrasado pode sim, significar uma crise e aumento de dívidas e para honrar compromissos a saída, em muitos casos, foi recorrer a bancos. Nesta semana, pela primeira vez, na história, vimos uma disputa, entre dois grupos distintos, para o comando do Hospital. As eleições internas ganharam ares de grandes disputas.
Fica uma pergunta no ar: Qual o interesse em disputar o comando de uma estrutura complexa e deficitária como a Santa Casa? De um lado, a resposta pode ser política. Há sim, interesses políticos em jogo, mesmo que de forma subliminar. No entanto, não podemos também destacar o interesse social, pois é bem claro que muitos querem trabalhar e garantir um hospital público com qualidade para atender a quem mais precisa; a população de baixa renda. Independente, se há ou não interesse a Santa Casa, não pode e não deve parar; uma unidade de saúde, deste tamanho e com essa história deve ser mantida. Acreditamos que após as eleições internas; os grupos vencedores e perdedores devem sim se unir em torno da Santa Casa. A chamada política e os interesses políticos deverão sim; ficar em segundo plano, o foco é o hospital que precisa sim da união de todos. Uma Santa Casa forte e unida é a garantia da manutenção do Hospital; com serviços de qualidade.
Da Redação