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sexta-feira, novembro 22, 2024

A formiga e o arroz

Somos sabedores que vivemos um momento de retração econômica devido a Pandemia da Covid-19. Percebemos claramente que a renda média das pessoas está sofrendo queda acentuada e o dinheiro parou de circular na forma em que circulava no passado. 

O problema é que mesmo dessa forma estamos vendo um aumento acelerado de preços não somente em Rondonópolis como em todo o país.

Um exemplo está nos itens da cesta básica, que vimos nos últimos meses terem um aumento considerável na cidade e no país; 

O arroz, item básico da nossa cesta, aumentou em valores altos, e com isso, o trabalhador que teve o salário reduzido ou ficou sem emprego passou a pagar mais caro, por um produto considerado indispensável no cardápio do brasileiro.

O setor supermercadista alega que aumentou o valor do arroz, pelo simples fato do que passou a pagar mais caro pelo produto no distribuidor. 

As empresas distribuidoras de arroz alegam que o volume do produto no mercado é baixo e a procura é grande e por isso o preço subiu.

Pois bem, ao que parece a batata quente está nas mãos do produtor, que neste momento está podendo majorar os seus preços baseado na Lei da Oferta e Procura.

No entanto, sabemos que há custos para a produção do arroz e que é preciso investir para garantir um produto de qualidade à população. 

Por outro lado, com esse preços estratosféricos está mais do que confirmado que o lucro com a produção é certo.

Desta forma; esse não seria o momento de uma revisão dos lucros e fazer com que as pessoas pensem mais no próximo do que em levar grandes vantagens financeiras.

A provocação acima faz algum sentido na teoria, pois sabemos que na prática é diferente. 

O produtor de arroz sabe que vem a entressafra e em breve o mercado estará regulado e com os preços voltados ao que era antes. Por outro lado, quando esse regulação entrar em vigor, o que era extremamente lucrativo antes, poderá a passar a ser um produto que dá prejuízo para quem produz. 

Portanto, para se salvar, a categoria, assim com a formiga faz, acumula para quando chegar o inverno possa sobreviver.

É triste, mas verdadeiro, o produtor também precisa sobreviver e sabe que não hora do aperto dificilmente será salvo, a não ser os grandes privilegiados, mas aí já é uma outra história, que vamos contar aqui em breve. 

Enquanto isso temos que nos adaptar a esses preços e a malfadada Lei do Mercado, e a cada dia vamos tirando o arroz da nossa cesta básica.

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