Nos últimos 20 anos, o carnaval vem perdendo ao menos no interior do país, o status de grande festa popular do Brasil. Cidades médias como Rondonópolis, por exemplo, que nos anos 2000, foi a capital do carnaval em Mato Grosso, não tem mais o apelo que já teve no passado, no que tange o chamado carnaval popular.
Os motivos para o fim do carnaval de rua são muitos, mas o principal deles, é que a festa tornou-se cara para o poder público e perigosa, pois em muitos eventos de grande porte, há marcas e riscos de violência.
Aliado a falta de apoio do Poder Público, o carnaval local ficou desinteressante para o público, que com o passar dos anos foi minguando na participação dos eventos carnavalescos promovidos pela prefeitura.
O resultado final tem sido um público diminuto para um gasto público grande e no fim a conclusão final que é melhor investir a “verba” do carnaval em outros setores como saúde e educação.
Na realidade com o passar dos anos, a fórmula acabou se desgastando ao ponto do próprio público meio que abandonar a festa.
Um outro motivo para que o povo deixasse de ir no Carnaval está relacionado à elitização da festa.
Os carnavais, que em tese, são públicos, acabou ganhando características de glamourização e luxo, excluindo o povo.
Um exemplo são os camarotes que são feitos para a elite e passaram a dominar esses eventos , com acesso restrito e deixando de fora grande parte das pessoas.
Talvez aí esteja o erro da festa em Rondonópolis e os reais motivos do fim da festa, o nosso carnaval acabou perdendo o foco e aos poucos foi deixando de ser popular e se eletizando.
Enfim, o carnaval aos poucos acabando perdendo o apelo popular , se eletrizando e perdendo o foco, virando uma festa sem muitos atrativos.
Talvez, seja por isso, que apenas os carnavais tradicionais, voltados realmente para o povo, tem sobrevivido, como é o caso da vizinha Guiratinga.
Lá sim , a festa é voltada para todos.O verdadeiro carnaval do povo.
A festa do povo
