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sábado, novembro 23, 2024

A dose do remédio

Que a reforma da previdência é necessária todos, nós sabemos; temos a certeza que é o chamado déficit precisa ser contido e resolvido, sob pena e risco de vermos o nosso país e todos nós irmos à bancarrota e termos uma conta impagável.
Portanto, o problema neste caso é: qual remédio devemos aplicar, pois dependendo da dose podemos piorar a situação e ao invés de salvar o paciente, podemos mata-lo.
Por um lado, sabemos que a conta é de todos, do assalariado ao grande empresário, mas precisamos saber o que cobrar, de quem cobrar e como cobrar. O que não pode é colocar toda essa conta nas costas do trabalhador, principalmente assalariado.
Aquele velho ditado, que diz que a corda arrebenta do lado mais fraco, desta vez não pode e não deve acontecer. Sabemos que as regras de idade mínima e tempo de contribuição param se aposentar tem tido parte para o aumento deste déficit, mas com toda a certeza não é e nunca foi fator preponderante para a conta que sobrou para todos nós.
Os privilégios de alguns setores são imensos e somam muito também nesta situação; um exemplo é aposentadores de políticos com altos salários, que chegam a somar três ou quatro aposentadorias que são pagas por nós. Ou nos casos de militares de alta graduação que deixam também grandes quantias que acabam sendo paga por nós.
No entanto ainda há mais dinheiro público indo embora para o ralo, pois há grandes devedores da previdência, que não pagam e em muitos casos nem pensam em pagar, pois os mecanismos de cobrança do governo em muitos casos são arcaicos e ultrapassados.
A solução a curto prazo, além da revisão de todo o sistema previdenciário é sem sombra de dúvidas estancar a sonegação e buscar mecanismos mais eficientes para aumentar a receita, em cima das grandes corporações que devem, tem recursos, mas se recusam a pagar.
Por fim é preciso deixar claro que o trabalhador precisa também dar a sua parcela de contribuição, pois como já dizemos aqui a conta é de todos. O problema é que não podemos passar tudo isso para o pequeno contribuinte, que precisa sobreviver se fizer isso vamos matar quem realmente precisa da previdência e acabar com o sonho de uma velhice tranquila e harmônica depois de conviver durante boa parte da vida contribuindo com o Governo.
Portanto , repetimos todo o cuidado com a dose do remédio é pouco; sabemos que precisa ser amargo, mas não ao ponto de nos matar; um caso a se pensar.

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