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sábado, novembro 23, 2024

A COPA e seus efeitos na economia nacional

Segundo relatório da Agência Moody's o efeito da Copa será apenas passageiro para a economia brasileira. Sem dúvidas que será um torneio que chamará as atenções de todo o mundo. No entanto um investimento estimado em US$ 11.1 bilhões comparativamente aos US$ 2.2 trilhões da economia brasileira é considerado baixo, se considerar que o evento terá a duração de apenas 32 dias
Na visão dos analistas é sem duvida uma ocasião para o país ganhar mais projeção internacional. Alertam no entanto para um eventual risco dessa projeção vir a ser maculada por uma série de protestos de rua e por projetos de infraestrutura inconclusos a tempo para a Copa, como por exemplo o VLT de Cuiabá. Entretanto a Moody´s estimaum afluxo de turistas que virão ao Brasil da ordem de 3,6 milhões, o que contribuirá para aumentar o caixa de alguns setores empresarias,tais com hotelaria e restaurantes, fabricantes de bebidas e locação de veículos. A exposição do país na mídia mundial será outro ponto positivo, e que virá a incrementar a receita dos patrocinadores, dos veículos de comunicação, com projeção mundial.
Por outro lado há outros problemas que poderão empanar o brilho da Copa tais como manifestações de rua, a dispensa de trabalhadores nos dias de jogos importantes nas cidades sede para assistir os jogos in loco ou pela transmissão pela TV, podem ter seu peso em diversos setores o que iria causar prejuízos à atividade industrial. As eventuais mudanças na rotina da população e a mobilidade urbana em algumas cidades poderão desestimular os consumidores a ir às compras. Em outros setores a Copa poderá acarretar efeitos diversos. Para a aviação, por exemplo, é esperado um volume no número de passageiros com evidentes resultados para as empresas aéreasnão obstante a precária situação de alguns aeroportos que poderão causar congestionamentos no tráfego aéreo ou nos próprios desembarques.
Do ponto de vista dos gastos para melhorar a infraestrutura local, os analistas da Moody's consideram "que os projetos da Copa são apenas uma fatia do total dos investimentos em andamento no Brasil"
. "O relatório da Moody's calcula que os aportes para melhoria de estádios, aeroportos, portos e mobilidade urbana equivalem a apenas 0,7% do que será investido no País entre os anos de 2010 e 2014. O efeito é positivo para as empresas de infraestrutura, mas muito desse impacto já foi sentido", ponderam. Dentre as empresas beneficiadas, eles citam a Invepar e as construtoras Andrade Gutierrez, OAS e Mendes Júnior, que assumiram projetos importantes de infraestrutura".
J. V. Rodrigues

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