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Rondonópolis
sábado, novembro 23, 2024

A cidade da fumaça

A situação das queimadas em Rondonópolis é um problema comum e recorrente, no entanto, esse ano as proporções estão sendo mais graves do que em outros momentos, a cidade está tomada, literalmente, pela fumaça. Nos últimos anos, o problema nunca havia chegado na proporção atual. A Rondonópolis defumada gera um prejuízo incalculável aos mais de 200 mil habitantes que temos aqui, o motivo é simples, o sistema de saúde não aguenta a demanda de pacientes com diversos problemas respiratórios causado pelas queimadas aliado a secura do ar, que está com índices de umidade relativa comparado aos principais desertos do planeta, é como viver no Saara, em meio a um incêndio; Algumas escolas, sabendo do problema, se precaveram e simplesmente cancelaram os dias letivos, percebendo o sofrimento de crianças diante desse tempo, o problema é complexo e sem medo de errar podemos dizer está passada da hora de procurar uma solução para essa situação. A população em geral já sabe que a queimada por si só é crime, neste momento, o maior foco de incêndio está na região da aldeia indígena Tadarimana, e muitos culpam os índios que moram no local como responsável pelo problema. Na verdade, não é bem assim, os próprios índios devido à proximidade com a fumaça seriam os maiores prejudicados, e neste período de seca, qualquer fagulha vira queimada e incêndios nestas proporções, o referido incêndio, pode ser acidental. O que falta, além de educação de todos, pois há também focos na zona urbana e alguns provocados sim, é estrutura para os órgãos de combate a esse tipo de incêndio, os bombeiros e brigadistas da secretaria de Meio Ambiente, fazem o que podem dentro das limitações deles; sabemos também que devido à falta de recursos não há uma política efetiva, principalmente, por parte do Governo Federal, de apoio é prevenção. Nós citamos o Governo Federal, pelo simples motivo, de que geralmente às áreas mais atingidas são de reservas federais, como o caso da Aldeia Tadarimana. Na verdade, o que nos frustra de forma radical é saber que em pleno século XXI, na era da tecnologia plena, ainda não conseguimos mecanismos precisos para combater incêndios deste tipo e com isso estamos vendo crianças e idosos sofrendo sem termos muito o que fazer, apenas aguardar o problema ser resolvido, diante da nossa precariedade tecnológica, neste tipo de ação. Não nos importamos com quem colocou fogo, neste momento, pois é muito difícil apontar um responsável, temos que nos importar em combater o problema de forma rápida e eficiente.

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