Tudo indica que essa campanha eleitoral vai ser diferente das demais. Pelo que nós já vimos na pré-campanha, as coisas estão se antecipando de forma nunca vista nas eleições municipais, principalmente aqui em Rondonópolis.
Os principais candidatos que estão se preparando para a disputa da prefeitura neste ano resolveram investir na pré-campanha como se estivessem realmente em uma campanha de verdade, mesmo sabendo que o período ainda é de avaliação de cenários. E, principalmente, de conversação de lideranças.
Prova disso está sendo dada na área jurídica. Está chovendo ações de todos os lados contra todos os candidatos ou melhor pré-candidatos que colocaram o seu nome para análise neste momento.
Por um lado, é preciso reconhecer que as ações na justiça são necessárias até mesmo para evitar exageros de ambos os lados. No entanto, também é preciso reconhecer que essa antecipação da pré-campanha que adotou se um estilo de campanha acaba claramente provocando os candidatos a entrarem na justiça um contra o outro. E o resultado disso é uma antecipação, talvez desnecessária, do período eleitoral em Rondonópolis.
E o mais estranho de tudo isso é o eleitor, que às vezes fica perdido ao ver um pré-candidato se referindo a uma eleição que ele mesmo não sabe se vai ser candidato, pois ainda precisa passar pelas convenções e por uma série de outros fatores para definir se vai ou não disputar a eleição.
Dá-se a impressão que estamos em uma eleição virtual com candidatos virtuais, pois nenhum deles ainda é uma realidade, apesar de haver ligações que este ou aquele nome vai mesmo disputar as eleições deste ano. E, com isso, estabelece a confusão na cabeça de quem vota, porque o entendimento é que há uma campanha, no entanto, sabe se que aquela pessoa que está se apresentando como pré-candidato no final pode nem disputar a eleição.E na mesma toada do jurídico; veio marketing que também está na pré-campanha, como se fosse campanha. Esse faz as estratégias de marketing pensando nesta pré-campanha para ganhar gordura e respaldo para que na campanha, o candidato possa se sair melhor do que os demais adversários.
Em tese, essas novas regras eleitorais deixaram o processo muito confuso, pois fica difícil entender se este ou aquele pré-candidato no final vai estar com o número e a foto na urna.
Talvez seja preciso uma revisão na pré-campanha e prolongar as campanhas como eram antigamente, quando as pessoas viam os candidatos na rua e não pré-candidatos e sabiam que aquele ou outro cidadão estavam ali, literalmente, para pedir votos.
Hoje, os pré-candidatos se apresentam, conversam com o eleitor e fazem até propostas, mas não podem pedir votos sobre o risco de cometer crime eleitoral, ou seja, estamos vivendo uma campanha, mas sem o tradicional pedido de votos. Algo muito confuso e diferente do que estamos acostumados.
As campanhas antigas, mais longas, pelo menos davam aos candidatos o direito de pedir votos, mesmo longe das eleições. E isso também motivava um debate mais profundo, pois sabia-se que o eleitor estava diante de um candidato de verdade e não de alguém que ainda aspira ser candidato.
Fonte: Da Redação