A depender das pesquisas de intenção de votos, as eleições presidenciais de outubro/2018, serão vencidas em segundo turno, pela “extrema esquerda” ou a pela “extrema direita”. Não sei qual será o pior desastre para este País combalido.
A “extrema esquerda” nossa velha conhecida, culpa o desastre dos seus 13 anos de administração, à oposição que teria impedido o seu glorioso triunfo. Sabemos, entretanto, que ela não terminou o seu trabalho de: acabar com a democracia; continuar, através de doutrinações, solapando as bases da democracia, da família, das escolas e das universidades; suprimir de vez com a liberdade de expressão; estatizar e transformar o País numa República Autocrática Socialista; continuar corrompendo e dando incentivos aos corruptos de todos os matizes; prosseguir mentindo e endeusando e mistificando canalhas de toda ordem. Enfim, de ter dividido perigosamente a sociedade brasileira entre nós (eles) e os outros.
E nessa divisão da sociedade fortaleceu o outro extremo. E assim facilitou o ressurgimento da “extrema direita” que ora disputa com a “extrema esquerda” a ribalta. O enfrentamento eleitoral certamente se dará, conforme já mencionamos, entre os dois extremos.
A depender do que pensa o candidato de “extrema direita” e o seu vice, o retrocesso não será menor, até por que os extremos se encontram, se assemelham nas suas atitudes e práticas: mulher tem que ganhar menos que os homens; bandido bom é bandido morto; homossexuais terão à cura forçada; negros malandros têm que voltar para senzala; o congresso tem que aprovar tudo que lhe for encaminhado, se não fizer será fechado; a imprensa futriqueira será amordaçada e as liberdades individuais tolhidas; reservas indígenas serão extintas; a tortura será restabelecida e o Cel. Ustra se transformará em ídolo. E por aí vão, em macha batida, as trombetas da insensatez. Enfim, a porta do obscurantismo será aberta e, daí a implantação de uma ditadura populista, tão comum nestes Tristes Trópicos (Levi Stauss), será um passo.
Qualquer dos extremos que ganhar as eleições de outubro/2018 levará rapidamente o País a uma consumada catástrofe. Tudo isto ocorrerá com a cumplicidade das nações do mundo civilizado que não tiveram uma atitude efetiva e eficaz para impedir ou obstar o infortúnio da Venezuela e, certamente, assistirão impassíveis a lenta e dolorosa agonia do Brasil. Devemos ter jogado pedra na cruz para merecer o desfecho que se anuncia.
RENATO GOMES NERY é advogado em Cuiabá