O ano de 2018 promete ser “sui geniris” por diversos motivos, o principal deles é que em outubro teremos eleições presidenciais que prometem ser uma das mais movimentadas das últimas décadas, em razão do período conturbado que o país passa e também pela quantidade de candidatos que têm pensamentos e análises difusas do país, que estão se propondo a entrar na disputa e com um atenuante, talvez essa seja a primeira eleição onde verdadeiramente as redes sociais devem entrar como fator de decisão. Na verdade, a grande preocupação com as chamadas noticias fake ou fake News, que geralmente são informações mentirosas que ganham força e respaldo nas redes sociais e em alguns casos, dependendo do engajamento do leitor, acabam virando verdade. Os candidatos deverão montar verdadeiros exércitos tanto para criar como combater o fake news. Vai caber o eleitor uma leitura mais crítica das notícias e procurar veículos com maior credibilidade e fontes impressas onde é muito mais difícil haver manipulação e noticias falsas. Os veículos de comunicação sérios serão a fonte que realmente vai valer, neste contexto. O processo eleitoral, deste ano, lembra e muito a disputa de 1989, quando foi realizada a primeira eleição direta do país, após o fim da ditadura militar, mas sem as redes sociais que estavam longe de existir, os debates e a propaganda na TV eram onde estavam o que hoje chamamos de fake news. N a q u e l a e l e i ç ã o , ocorrida no final do governo José Sarney, as principais lideranças do país, tanto da esquerda como da direita, sem enfrentaram em um processo eleitoral disputadíssimo em dois turnos e vencido pelo então ex-governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello. Naquela disputa houve o encontro de velhas lideranças como Leonel de Moura Brizola, que representava o “getulismo”, Paulo Maluf, Ulysses Guimarães, Roberto Freire, Fernando Gabeira, Affonso Camargo, Aureliano Chaves e Mário Covas, com nomes emergentes à época como o caso de Luis Inácio Lula da Silva, que era deputado federal e disputava pela primeira vez a presidência, Fernando Collor, Ronaldo Caiado, Guilherme Afif entre outros, fora novidades como o empresário da comunicação Silvio Santos, que chegou a entrar na disputa mas acabou tendo o registro impugnado, além de Enéas Carneiro e Marronzinho, candidato que entrou no folclore da política nacional na época, ao aparecer no horário eleitoral com uma fita adesiva na boca, alegando que estava proibido de falar. Aquela campanha foi o primeiro combate público entre a esquerda e direita, e não faltaram acusações de ambos os lados, Brizola e Maluf protagonizaram brigas homéricas em debates e Collor e Lula não foi diferente. Este ano, com certeza, veremos novos combates e uma enxurrada de denúncias de todos os lados com o claro objetivo de confundir o eleitor, pelo volume de candidatos e em razão dos ânimos exaltados entre a esquerda e a direita. Portanto, é chegada a hora do eleitor se informar ao máximo possível, para que não erre não hora de votar; esse será o caminho para a escolha do melhor candidato, sem cair na armadilha do fake news.