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quinta-feira, abril 25, 2024

ESPAÇO ABERTO Newton Pinto da Fonseca

“Nos grandes eventos do Rondonópolis Clube, as mulheres eram transportadas pelas charretes, que nas décadas de 1950 e 1960 era o principal veículo de transporte.”
Newton Pinto da Fonseca é natural de Poxoréo onde permaneceu até os 8 anos de idade, quando ele completou 13 anos seus pais mudaram para São Lourenço de Fátima. Seus familiares resolveram vir definitivamente para Rondonópolis, onde Newton completou seus estudos básicos. Vamos conhecer um pouco mais da trajetória do cidadão pioneiro que deu seu apoio ao desenvolvimento de Rondonópolis.
JORNAL FOLHA REGIONAL; Qual a importância da família no desenvolvimento do seu trabalho?
Newton; A base fundamental de tudo na vida sem dúvida é a família, quero agradecer a minha esposa Marlene Amorin Fonseca, e aos meus filhos José Newton e Márcio Luiz. A família tem que estar unida acima de tudo.
JFR; Como era a vida dos rondonopolitanos nas décadas de 1950 1960?
Newton; As famílias naquele tempo tinham uma tradição rural, a maioria delas tinha sítios, algumas tinham áreas maiores e até mesmo grandes fazendas. Meus pais José e Ana sempre pensaram primeiro no conforto e no futuro dos filhos. Não havia condições de grande lazer, mas quem gostava de pescar se sentia muito feliz, quem gostava de dançar tinha o espaço do Rondonópolis Clube, onde participavamos de grandes eventos com Marinho e seus Beat Boys.
JFR; Como você conciliava suas atividades, estudo e trabalho?
Newton; Eu e a maioria dos jovens trabalhava de dia e a noite nós estudávamos, comecei a trabalhar com 14 anos. O meu primeiro emprego foi no DAE (Departamento de Àgua e Esgôto). As nossas atividades eram braçais, serviços que exigiam um grande esforço físico, trabalhei também em uma empresa antiga de torrefação de café, hoje Café Quitada.
JFR; Como você define a Rondonópolis de ontem e a de hoje com mais de 200 mil habitantes?
Newton; Rondonópolis tinha poucos moradores, o transporte principal era feito pelos charreteiros. Nos grandes eventos do Rondonópolis Clube as mulheres eram transportadas pelas charretes, que nas décadas de 50 e 60 era o principal veículo de transporte. Aproveito esta oportunidade para render minhas homenagens ao saudoso Domingos Charreteiro e seus familiares.
JFR; O comércio na cidade tinha muitas opções, quais eram as principais atividades?
Newton; Rondonópolis tinha o Banco da Lavoura, o Bar do Roxinho na Mal. Rondon, onde era constante a chegada de viajantes que vinham de outros estados. O Bar do Roxinho ficou conhecido também pela boa comida, naquela ocasião o cardápio principal era arroz, carne e farinha de mandioca. Tinha também o Armazém do Homero, que era o maior comprador de cereais da cidade. A antiga Rondonópolis tinha muitas trilhas e poucas estradas.
JFR; A partir de quando começou a melhorar o lazer da juventude rondonopolitana?
Newton; A cidade passou muito tempo com um número reduzido de locais de lazer, mas com o decorrer dos anos, Rondonópolis passou a ter a ABR, hoje Canadá Country Clube, onde foram realizados grandes carnavais e eventos cívicos. Era o clube mais popular da cidade, freqüentado por jovens em magníficas tardes dançantes. O Rondonópolis Clube era freqüentado por empresários e membros da sociedade rondonopolitana e seus familiares.
JFR; Quando começaram os avanços, nas telecomunicações de Rondonópolis?
Newton; Em 1969 criou-se em Rondonópolis a 1ª. Autarquia Municipal, ou seja o primeiro serviço de telefonia (STAR), onde trabalhei. Trabalhei também na administração do prefeito Helio Garcia no período de 1967 a 1969. Em Maio de 1970 ocorreu a ativação do Sistema telecomunicações com 400 linhas locais. Em 1977 foi inaugurado o Sistema DD – operadora discagem a distância. Em 1982 entrou o sistema DDD com a central ampliada, em 1983 foi criada a Telebrás que encampou o sistema municipal e posteriormente criou-se a Telemat.
JFR; Você gostaria de agradecer alguém por ter sido influente em seu trabalho durante todos esses anos?
Newton; Quero agradecer ao senhor Olegário Lemos, o Antonio Stolano, Horácio Martins, Pedro Marques Garcia e a todos que ainda contribuem e contribuíram com o desenvolvimento desta cidade.
Redação: Denis Mares

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