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terça-feira, abril 23, 2024

Facebook deve entrar no debate

No facebook começamos primeiros debates políticos sobre as eleições
2014, depois de passado o turbilhão Copa do Mundo.Mas o que poderia ser um
instrumento de grande valia para a difusão de informações em massa e a
virtualização da democracia eleitoral caminha para ser uma praça de guerra,
sobretudo pela rejeição dos chamados trabalhadores da VASP. Algumas pessoas, principalmente jovens, colocam em suas descrições onde está definido
‘onde trabalha’ o texto: Vagabundo Anônimo Sustentado pelo Pais.
Não que seja regra, mas na maioria das vezes são estes funcionários da VASP que
‘emburrecem’ a maior rede social do mundo, quando algum assunto sério
é levantado por um usuário, como, por exemplo, política. Na primeira
manifestação de alguém sobre um posicionamento político, os servidores
da Vagabundos Anônimos aparecem em peso e suas postagens são quase a mesma:
“Ah, por favor, política no facebook não”, e eu lhes pergunto, porque não?
Se cada cidadão brasileiro parar por trinta minutos para analisar
o que é postado em sua página pessoal por seus milhares de amigos vai
ver que quase nada é considerável minimamente proveitoso. Quando não
são brincadeiras de muito mau gosto, ás vezes até preconceituosas, as postagens trazem, no máximo, um leve sorriso de quem está lendo e pouca coisa a mais do que uma piada nova para o acervo. Os maiores pensadores dizem que para um dia
não ser perdido ao menos uma coisa nova temos que aprender, e óbvio que eles
se referem a alguma coisa relevante. É de se duvidar que toda esta gente que
fica o dia todo acompanhando sua rede social acrescente alguma coisa em seu intelecto. Quando alguém se mostra totalmente avesso a possibilidade discutir
política ou qualquer outra assunto sério só pode-se ter uma conclusão: ou não
quer entrar no assunto porque não sabe o que dizer ou de fato não está nem aí para a própria, o que seria ainda mais triste. É muito triste quando
um cidadão espera alguém que seja de sua confiança dizer em quem
ele deve votar para tomar sua decisão, e estas lideranças comunitárias, se
alguém ainda não sabe, vendem seus apoios. O eleitor então que decide sua escolha por ganhar alguma coisa diretamente do candidato é o exemplo
completo de um perdedor. A internet está disponível quase que para todo mundo
em nossa nação, nela há informações sobre a vida, o histórico, análises
de especialidades e todos os detalhes sobre tudo quanto é candidato Brasil
a fora. Se a aversão pela política no facebook é por não saber muito sobre
o assunto isto é fácil de resolver. A lei da ficha limpa, por mais que seja
defendida por muito, é um tapa na cara do cidadão sério brasileiro, porque em
qualquer sociedade que se preze ele não precisaria existir. Um candidato
que tenha antecedentes criminais, foi julgado e condenado, e ainda sim
merecer ter que ser impedido por força de lei é o retrato de uma população
que não tem a capacidade de saber o que é melhor para sua própria vida.
Milhões devem ser gastos nas campanhas por todo o Brasil e todos estes valores vêm financiados por empresários e investidores que após terem seus candidatos
eleitos cobram tudo com juros e correção monetária. E adivinha de onde o dinheiro volta? É bom que se recorde daquela parte do filme ‘Tropa de Elite’ quando um policial sério agride um usuário de drogas e diz a ele: “é você que
financia toda esta m…”, se referindo a violência. É exatamente a mesma
relação que tem o camarada que vende seu voto com a corrupção brasileira.
A nascente de tudo é sua própria promiscuidade. Óbvio que qualquer fanatismo
não é obrigatório de ser aceito, mas aí trata-se de um outro
departamento. Talvez seja hora dos que acham que é pela força da informação
que se mudará o país, arregaçarem as mangas. Se a maioria não quer saber
de política, juntem-se os que já entenderam a necessidade da causa e montem fóruns, cresçam e achem novos adeptos. Um dia isto acaba em viral,
se Deus quiser…

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