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quarta-feira, abril 24, 2024

ESTATAIS EM CRISE.

O Brasil possui em seu acervo patrimonial empresas estatais de grande porte: a Petrobras, a Eletronorte, outras menores como IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e tantas outras. São instituições em que o profissionalismo e a eficiência, são marcas registradas. Entretanto, atualmente as garras da corrupção, e do mau uso do dinheiro público tem gerado um ambiente hostil em que a grande estrela dessas empresas – a Petrobras é acusada de desvio de rota com ataques em detrimento não só da própria estatal quanto da imagem do Brasil no cenário internacional.
As acusações vão desde interferências em decisões técnicas atésuperfaturamento em contratos de compra, prejudiciais não só à empresa quanto ao próprio Brasil. Nas últimas denúncias "esse ícone" do capitalismo nacional, respeitadoem todo o mundo, teve o seu nome arrolado em histórias, no mínimo, pouco edificantes e mal explicadas, dado um fenômeno que não é novo por essas bandas, mas que assumiu proporções insustentáveis e agora apresenta um alto preço: o aparelhamento do Estado com a presença sindical é o câncer que está minando a confiança e a reputação do trabalho dessa organização.
O gesto populista da senhora Presidente reduzindo, as tarifas de energia elétrica, por exemplo, gerando um rombo de mais R$ 20 bilhões que no próximo ano será debitado ao consumidor, solapou parte das forças da Eletrobrás e deu o tom de uma prática recorrente nas administrações petistas, o mesmo mal colocou o IPEA em uma encruzilhada: continuar exercendo sua função de quase meio século, como órgão de planejamento da economia nacional, ou engajar-se pelo emaranhado campo das políticas públicas, para atender interesses oficiais. Quanto ao IBGE que há dias atrás se viu diante de um movimento de técnicos, com protestos e pedidos de demissão e protestos, por conta de suspeitas do governo sobre suas pesquisas, principalmente as de pesquisas de opinião que vem apresentando um quadro declinante para o segundo mandato da presidente.
Quanto a Petrobras, as denuncias estão diariamente na mídia com fatos novos e contradições entre presidente da república, a presidente Graça Foster, da Petrobras. O ex-presidente Sergio Gabrieli e ex-diretores, que tem comparecido ao Congresso para dar explicações. Quando o escândalo aflorou, a presidente Dilma que na época da compra presidia o Conselho da Petrobrás, foi aos veículos de comunicação dizendo que aprovou a transação porque recebeu apenas um resumo do contrato impreciso e pouco esclarecedor. O ex-diretor para assuntos internacionais afirma que enviou a íntegra do contrato a todas as pessoas que dele deveriam ter ciência. A presidente da Petrobras, em depoimento na câmara dos deputados afirmou que a compra da refinaria de Pasadena foi um mau negócio para a estatal. No dia seguinte oseu ex-presidente, Sérgio Gabrielli, sob cuja gestão ocorreu a compra da refinaria foi enfático quando afirmou que foi um bom negócio.
A presidente Dilma, em recente discurso foi categórica: “Todas as denúncias precisam serapuradas, identificados os responsáveis pelos fatos denunciados e punidos com os rigores da Lei.”
A CPI da Petrobras está pendente da decisão do Supremo. Oposição queria uma CPI exclusiva, enquanto os governistas reivindicavam uma CPI ampla apurando também as denúncias de cartel no metrô e trens urbanos de S. Paulo e o metrô de Brasília e outras que envolvem o porto de Suapeno Recife. É desde já sintomático o caráter político que tomaria a CPI, pois que o cartel dos trens em S.Paulo respingaria sobre o PSDB de Aécio e o porto de Suape teria reflexos sobre o PSB, atingindodiretamente o pré-candidato Eduardo Campos. Mas por último a Ministra do Supremo Rosa Weber determinou que a CPI seja instalada para investigar somente as supostas irregularidades na Petrobrás.
Quanto à população: não pairam dúvidas sobre o papel desempenhado pela Petrobrás, Eletrobrás, IBGE e IPEA. O patrimonialismo e o fisiologismo ocupam o governo e suas instituições de maneira a confundir interesses públicos e privados.
"Impõe-se a todos aqueles que são os responsáveis pela condução dos destinos da nação interromper esse processo com a depuração das más influências e o resgate da excelência profissional e da expertise, que levaram décadas para se firmar".
Não há dúvidas que o Brasil precisa mudar e mudar para melhor. O PT já exerceu seu papel no contexto sócio-politico. A economia está estagnada, a educação continua patinando, à procura de um caminho. O descalabro da saúde está todos os dias nos telejornais, a despeito do Programa "Mais Médicos" onde foram "investidos" alguns milhares de reais. A inflação, na opinião dos experts em economia dificilmente fechará dentro das previsões do governo.
Quando, em seu primeiro governo o ex-presidente Lula lançou a transposição do rio S. Francisco – a "grande obra que imortalizaria seu governo mal sairia do papel tendo já sorvido alguns milhões, também já ultrapassando, em muito a dotação orçamentária. Caminha a passo de tartaruga com algumas obras ainda embargadas pelo TCU. Vieram depois os "PAC's'lançamento do PAC 1 o ex-presidente apresentou a futura Presidente Dilma, como a mãe do PAC". Hoje, ao quase final do primeiro mandato da presidente , o PAC perdeu a sua "mãezinha", no meio de denúncias de desvio do dinheiro público, com obras inacabadas ainda do PAC 1, embora o 2 já tenha sido lançado. Ao que tudo indica é chegada a hora de se dar uma resposta nas urnas, um sonoro "MUDA BRASIL." Pois então que seja feita a vontade da minoria, e vamos de CPI.
J. V. Rodrigues

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