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quarta-feira, abril 24, 2024

Com atraso no plantio de milho nos EUA, produtores brasileiros estocam o grão a fim de obter melhores preços

O atraso no plantio de milho na safra norte-americana vem fazendo com que alguns produtores brasileiros estoquem o grão a espera de melhores preços. Para especialistas, o momento é de cautela, já que a safra nacional deve ser uma das maiores de todos os anos.

O produtor José Clóvis Casarin, de Piracicaba, interior de São Paulo, resolveu estocar 12 mil sacas de milho para obter melhores condições de negociação.

– Resolvi segurar a minha produção porque uma boa parte da safra que estamos colhendo foi vendida no mercado futuro por vários produtores, num valor entre R$ 25,00 e R$ 28,00. O preço hoje está em torno de R$ 20,00 e R$ 21,00. Então, eu espero que esses preços melhorem e voltem aos patamares anteriores – afirma Casarin.

O analista de mercado Glauco Monte é menos otimista. Ele afirma que os produtores precisam estar atentos ao mercado, já que a safrinha de milho no Brasil deve chegar a 42 milhões de toneladas.

– Como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) colocou, a gente vem com uma possível grande safra no Brasil. Eu acho que até deve bater a safra do ano passado, que tinha sido recorde. Temos uma safra e uma safrinha muito grandes, possivelmente uma das maiores, e isso pode inclinar os preços um pouco para baixo.

A decisão do produtor está diretamente ligada ao atraso do plantio da safra norte-americana, provocado pelo clima adverso. De acordo com o último relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, somente 28% da área de milho foi semeada. No mesmo período do ano passado, o trabalho estava em 85%.

Mesmo com o atraso da safra norte-americana, o analista afirma que ainda é cedo para afirmar se os preços do milho subirão no Brasil.

– Na minha opinião, a quebra da safra nos Estados Unidos foi o que animou os produtores. Apesar de o plantio estar bastante atrasado lá, o único ponto que eu chamo a atenção é que não dá só para reduzir um pouco os rendimentos. Seria necessário uma queda mais significativa para que o impacto fosse bem positivo para o produtor brasileiro – aponta Glauco Monte.
Fonte:Canal Rural

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